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Piratas Somális Apoderam-se de Petroleiro Gigante


Há notícias contraditórias sobre o local para onde piratas somális estão a transportar um petroleiro gigante que foi capturado a mais de 800 quilómetros da costa do Quénia.

O desvio do super petroleiro não tem precedente em termos da distancia da costa e do alvo escolhido.

Fontes da voz da America na Somália disseram que o petroleiro saudita Sirius Star, com cerca de dois milhões de barris de petróleo avaliados em mais de 100 milhões de dólares, vai ser ancorado perto de Eyl, uma aldeia de pescadores na região de Puntland no norte da Somália.

Eyl há muito que é uma base de operações para um grupo de piratas que já levaram a cabo este ano dezenas de ataques contra navios no golfo de Aden e ao largo da costa oriental da Somália.

Piratas em Eyl e os dirigentes de facções e empresários que os controlam têm em seu poder quase uma dezena de navios e as suas tripulações e já ganharam dezenas de milhões de dólares em resgates.

A quinta armada americana baseada no Bahrain disse ter informação de que o super petroleiro vai ser ancorado ao largo de um outro porto de abrigo para piratas perto de Haradhere na parte central da Somália.

Andrew Mwangura o director da Associação dos Marinheiros da África oriental em Mombaça, no Quénia, disse que já começaram negociações para a libertação do petroleiro de 140 milhões de dólares e a sua tripulação multinacional de 25 membros.

Mwangura disse esperar que os piratas exijam um resgate muito maior do que o milhão ou dois milhões de dólares que pediram anteriormente para ibertar outros navios.

"Temos informações de que já estão em contacto com o dono do navio mas não sabemos até que ponto é que as negociações chegaram", disse.

De acordo om Mwangura e outras entidades navais, o peso enorme da carga do petroleiro teria limitado o navio de 330 metros de comprimento a uma velocidade máxima de 14 nós, o que é suficientemente lento para os piratas em embarcações rápidas se aproximarem do navio. O jornalistas britânico David Hughes, que se especializa em questões marítimas, disse que embora o petroleiro Sirius Star seja mais alto acima do nível de água dos que os petroleiros mais velhos, não teria sido difícil a piratas experientes abordarem o navio.

"O petroleiro mais moderno é mais alto do que os antigos" disse Hughes. "Estamos a falar numa altura de 10 a 15 metros. Não é fácil mas pode-se fazer com uma escadas de corda" acrescentou.

O desvio do navio, o maior até agora capturado por piratas, foi feito apesar da presença de barcos de guerra recentemente enviados para a zona pelos Estados Unidos, a NATO e a União Europeia para proteger uma das mais usadas vias marítimas.

Muitos desses navios de guerra têm estado a levar a cabo as suas patrulhas no golfo de Aden onde o numero de ataques piratas caiu significativamente no ultimo mês.

Mas o ataque de Segunda Feira ocorreu a 830 quilómetros ao largo da costa do Quénia em águas abertas que não podem ser adequadamente patrulhadas.

O almirante da marinha americana Michael Mullen disse a jornalistas ter ficado surpreendido com a capacidade dos piratas operarem tao ao longe da costa.

O jornalista David Hughes disse que este ataque é um sinal de uma catástrofe potencial para a industria naval.

"Isto significa que a partir do meio do oceano indico em direcção ocidental nenhum local é agora seguro" disse Hughes.

"Isso significa que no essencial não se pode ter o transporte marítimo normal numa enorme área" acrescentou.

A marinha americana não disse se esta a considerar acções militares para resgatar o petroleiro.

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