O presidente George W Bush afirmou que a crise financeira internacional não representa o fracasso do liberalismo económico e que a intervenção governamental não é a solução para todos os problemas.
Bush defendu que os governos norte-americano e europeus devem trabalhar para a reforma do sistema financeiro global, mas que não devem pretender reinventá-lo.
O Presidente norte-americano, que esta tarde recebe em Washington os líderes dos países mais industrializados e emergentes para a Cimeira dos G 20, afirmou que a reunião servirá para lançar as bases da reforma, mas que é apenas a primeira de uma série de reuniões a realizar com esse objectivo.
‘Embora as reformas do sector financeiro sejam essenciais, a solução a longo prazo para o problema de hoje reside no crescimento sustentado. E a melhor forma de atingir o crescimento reside nos mercados livres.’
Bush sublinhou que o sistema de mercado livre não é responsável pela presente crise fiscal tendo reconhecido que numerosas instituições financeiras nos Estados Unidos e na Europa viram-se demasiado endividadas devido a estruturas reguladoras ultrapassadas e a práticas medíocres de gestão de risco.
A cimeira económica ocorre nos últimos meses da presidência de Bush e a menos de duas semanas após a eleição de Barack Obama como seu sucessor.
A Casa Branca tem defendido o calendário do encontro, frisando ser importante iniciar agora o processo e identificar aquilo que deverá ser feito.
O presidente eleito manifestou o apoio a conferencia, mas deixou claro ser uma cimeira de George Bush.
‘Temos de reconhecer que só existe um presidente de cada vez, e o presidente Bush é o líder do nosso governo.’
A cimeira marca a primeira vez que os G Vinte, incluindo as principais economias desenvolvidas e em desenvolvimento (19 países mais a União Europeia) se encontram a nível das respectivas lideranças.
Uma boa parte das atenções estará naquilo que a China pode adoptar para ajudar a resolver a crise financeira global.
As exportações chinesas diminuíram e o mercado de acções desceu em resultado da crise de credito nos Estados Unidos.
A China baixou a taxa de juro, tendo anunciado um conjunto de medidas no valor de 586 mil milhões de dólares para desenvolvimento da infra-estrutura, os serviços sociais e as taxas de desconto.
Li Wan-Yong, um especialista económico do Instituto de Pesquisa Hyundai.
‘A China possui as maiores reservas de divisas estrangeiras do mundo, sendo a segunda na posse de títulos do Tesouro norte americano, logo após o Japão. Nestes termos a China pode desempenhar um papel importante na ultrapassagem da crise económica global e na crise económica asiática.’
O vice-ministro dos estrangeiros chinês afirmou já que a China pode ajudar melhor a economia mundial através da estabilização da sua própria economia.