Preocupações sobre a situação económica mundial
estão a afectar as bolsas de valor em
redor do mundo.
O pessimismo global deve-se a receios de uma
recessão nos Estados Unidos onde os sinais de enfraquecimento económico
continuam a avolumar-se.
Na Terça Feira uma das maiores companhias de
vendas a retalho de produtos electrónicos, a Circuit City, declarou falência.
Há também preocupação sobre o futuro das
três grandes companhias automóveis americanas. Depois de ter anunciado um
prejuízo de dois mil e 500 milhões de dólares no terceiro trimestre, a General
Motors disse que poderá deixar de ter fundos para poder operar no próximo ano.
As acções da companhia caíram 23 por cento para níveis nunca vistos desde o fim
da segunda guerra mundial.
Na Europa os preços do petróleo caíram e
companhias financeiras como a UBS e o Deutch Bank também foram afectadas.
Em Londres o primeiro ministro britânico
Gordon Brown disse que quer que se acorde numa acção coordenada quando
dirigentes de diversos países do mundo se reunirem aqui em Washington no fim de
semana.
"Nós já tomamos medidas e estamos prontos a
considerar outras. É esse o único meio de apoiar a economia nestes tempos
difíceis" disse Brown para quem "uma iniciativa aqui e outra iniciativa ali não
resultará em nada".
"O que é preciso é uma estratégia coordenada
e preferivelmente uma estratégia coordenada através do mundo e não só num
país", acrescentou.
Brown disse que as nações do mundo têm
apenas uma opção de impacto, nomeadamente cooperarem.
"Isto é um problema global que estamos a ver
a alastrar-se para todas as partes do mundo e por isso precisa de soluções
globais" disse acrescentando esperar que "a reunião de Washington sirva para as
pessoas ficarem com o sentimento de que todos os países estão prontos a tomar
medidas caso isso seja necessário".
O abrandamento da economia é cada vez mais
evidente na Europa. Na Grã Bretanha as vendas de habitação estão no seu nível
mais baixo desde há mais de 30 anos e as vendas a retalho em Outubro registaram
a maior queda dos últimos três anos.