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Nkunda: Atacar Qualquer Contingente Africano


Na Republica Democrática do Congo, forças rebeldes e governamentais continuam a confrontar-se nos arredores da cidade de Goma, com a situação a obrigar centenas de milhar de pessoas a abandonar a zona.

Dirigentes da região afirmaram estar a encarar a possibilidade de enviar elementos para o contingente de paz, uma ideia rejeitada pelo principal líder rebelde.

Fontes do contingente de pacificação das Nações Unidas indicaram que a área ao redor de Goma se encontra calma, após os confrontos de domingo.

No entanto, com os rebeldes de Laurent Nkunda e os soldados governamentais estacionados a poucas centenas de metros uns dos outros, o conflito arrisca-se a irromper a qualquer momento.

Desde que em Agosto passado recomeçaram os confrontos estima-se que 250 mil civis tenham sido deslocados na região. O conflito intensificou-se nas ultimas semanas, quando as tropas rebeldes se aproximaram da cidade de Goma, a capital da província do Kivu Norte, situada nas proximidades da fronteira com o Ruanda.

O governo congoles acusa o Ruanda de apoiar Nkunda, circulando informações de tropas angolanas lutando na zona ao lado das forças governamentais.

Um porta voz da missão de paz da ONU, Mounoubai, minimizou as informações da presença de soldados angolanos.

‘Neste momento ainda não vimos quaisquer soldados angolanos, não vimos quaisquer tropas angolanas. Não temos provas do envolvimento de tropas angolanas.’

Cresce, no entanto a preocupação entre os dirigentes africanos, tendo na passada sexta feira e sábado, chefes de estado da região dos Grandes Lagos reunido em Nairobi com o secretario geral da ONU, Ban Ki-Moon.

Ontem, domingo dirigentes da região sul do continente africano apelaram a um cessar fogo, tendo prometido enviar conselheiros militares para a Republica Democrática do Congo, e levantando a eventualidade de enviarem tropas de paz para o conflito.

O secretario geral da SADC, Tomás Salomão, conversou com os jornalistas após uma cimeira de emergência efectuada em Joanesburgo.

‘A SADC não ficará imóvel presenciando os actos de violência praticados por quaisquer grupos armados contra a população inocente da Republica Democrática do Congo. Se, e quando for necessário, a SADC dentro do acordo de Nairobi, irá enviar uma força de paz para a província do Kivu.’

Nkunda por seu lado, afirmou a agencia de noticias Reuters que as suas forças irão atacar qualquer contingente de paz Africano se intervier ao lado do governo.

Mounoubai sublinhou não existir qualquer necessidade de mais debate sobre o eventual envolvimento que se relacione com a actual missão de pacificação da ONU.

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