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São Tome e Príncipe: Ninjas em Tribunal


O tribunal militar de São Tome e Príncipe, anunciou hoje, quinta-feira (6 de Novembro de 2008), que a sentença dos 7 elementos da Polícia de Intervenção Rápida – Os Ninjas – envolvidos no assalto ao comando-geral da policia são tomense, será conhecida só no próximo dia 21 deste mês.

Os juizes militares pediram mais duas semanas para apreciarem o processo, depois de terem ouvido hoje as alegações finais, da defesa e da acusação.

Um ano depois dos motins da policia de intervenção rápida “Ninjas,” a justiça são tomense está em vias de por fim a um dos maiores capítulos do jogo de poder envolvendo as forcas políticas, militares e para-militares.

Os juizes do tribunal militar de São Tome, depois de mais de duas semanas de acareação, que teve lugar num centro de instrução militar perto do aeroporto da capital, prometeram para o dia 21 deste mês a sentença final dos ex-Ninjas.

Hoje depois das alegações finais da acusação e da defesa, os juizes pediram por mais duas semanas, para apreciarem os processos.

Acusados de atentado contra o Estado em meados de Outubro do ano passado e detidos meses depois, sete membros desta unidade policial formada em Angola, esperam agora que a justiça militar ponha fim a um caso que abalou a segurança interna do arquipélago, e com ligações políticas.

A procuradoria militar pediu três anos de pena de prisão para cada um dos arguidos, sob a acusação de terem atentado contra a segurança do Estado.

Ao todo foram ouvidas 47 pessoas entre polícias, políticos e os acusados.

Os réus afirmaram em tribunal terem sido coagidos a fazer declarações sob ameaça de armas, e que nunca chegaram a sequestrar os oficiais da polícia durante os motins.

Segundo a agência Lusa, os sete réus acusam, por seu lado, o actual comandante da Polícia Nacional, Gilberto Andrade, de ter sido o líder do grupo, antes da sua nomeação para o cargo.

Os Ninjas fazem parte de uma unidade para-militar criada em 2003, depois do golpe de estado nesse mesmo ano, e treinado em Angola, com o objectivo de pôr cobro às intentonas golpistas em São Tome.

Depois do regresso ao país, foram incorporados na Policia Nacional e afectos à unidade de Policia anti-motim.

Após uma primeira reivindicação que conduziu ao afastamento do então comandante geral da polícia, os Ninjas deram início em Outubro do ano passado um motim para reivindicar o pagamento de indemnizações de formação, de mais de 40 mil dólares, que segundo eles teriam sido pagas pelo governo angolano e que as autoridades são tomenses teriam desviado para outros fins.

O motim durou alguns dias e terminaria com a intervenção das forças armadas, que prendeu os amotinados, cujos líderes respondem agora em justiça.

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