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Timor-Leste: O Desenvolvimento Petrolífero


O presidente de Timor Leste, José Ramos-Horta, pediu à gigantesca empresa australiana Woodside Petroleum para construir um grande complexo petroquímico no seu país em vez de escolher a cidade australiana de Darwin.

O governo leste timorense tem um plano para que seja construído um oleoduto e um complexo petroquímico para processar petróleo e gás natural do campo petrolífero Greater Sunrise. Os peritos estimam que aquele campo, situado no mar, em águas reclamadas tanto por Timor Leste como pela Austrália, poderá representar 90 mil milhões de dólares.

O plano de Timor Leste compete com o da companhia australiana Woodside Petroleum, que quer construir um oleoduto com 500 quilómetros de comprimento até Darwin, no norte da Austrália.

Executivos da Woodside afirmam que um oleoduto que desemboque em Timor Leste torna os fornecimentos vulneráveis às incertezas políticas no pequeno país.

Ao abrigo de um acordo de licenciamento, nem Timor Leste nem a Austrália podem explorar o campo petrolífero sem a permissão do outro e ambos os países devem finalizar um plano de desenvolvimento dentro de cinco anos.

O presidente de Timor Leste apresentou os seus argumentos esta semana num discurso que proferiu perante o parlamento provincial do Território do Norte.

Ramos Horta disse que Timor Leste é o destino lógico para uma conduta de petróleo e gás natural, porque esta mais perto do campo petrolífero do que a cidade de Darwin.

“Embora Timor Leste esteja eternamente grata à Austrália pelo seu apoio constante desde 1999, o nosso sincero sentimento de gratidão não pode ser tal que nos faça render a Darwin. A conduta irá para onde deve ir, o percurso mais curto e mais barato.

Ramos Horta ficou gravemente ferido durante uma tentativa de assassínio no princípio do ano e foi evacuado para um hospital de Darwin.

O atentado levou a Austrália a enviar mais soldados e polícias para a capital de Timor Leste, Dili, devido a receios de mais actos de violência.

Soldados e polícias da Austrália, Nova Zelândia, Malásia e Portugal foram enviados para a Timor Leste há mais de dois anos, quando irromperam confrontos entre membros descontentes do exercito timorense e unidades leais ao governo.

Timor Leste, uma antiga colónia portuguesa anexada pela Indonésia em 1975, tornou-se um país independente em 2002.

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