O mais alto responsável da ONU, na Republica Democrática do Congo disse hoje que as forças de manutenção de paz sob o seu comando, atingiram o limite da sua capacidade de intervenção, na sequência da ofensiva dos rebeldes e apelou a reforços adicionais, ao Conselho de Segurança.
O enviado especial da ONU, Alan Doss disse que mais soldados são necessários, com a urgência que a situação actual requer, por forma a que a missão de manutenção de paz das Nações Unidas, integrada basicamente por militares franceses, possa proteger de forma adequada os milhares de civis congoleses apanhados pelo recrudescer da violência no leste do país.
Os combates opondo os rebeldes do general renegado Laurent Nkunda as forcas governamentais na parte leste da Republica Democrática do Congo, resultaram já no desalojamento de milhares de populares.
Alan Doss disse hoje aos jornalistas em Nova Iorque e através de um vídeo conferência que o problema não se resume a mais soldados, mas igualmente a uma melhor e maior capacidade de reacção.
“Penso que o Conselho de Segurança esta consciente da nossa exigência e advertido para as dificuldades de que fazemos face e espero que o conselho decida favoravelmente pelos reforços adicionais, de uma ou de outra forma.”
Em Nova Iorque, o novo responsável pelo departamento das operações de manutenção da paz da ONU, Alain Le Roy reconheceu o quão urgente e a exigência de Doss, que segundo ele está a conquistar partidários entre os estados membros daquele órgão das Nações Unidas.
“De forma clara, o pedido de forcas adicionais, de batalhões militares adicionais, de mais aviação e mais capacidade de intervenção, foi entendido de forma clara, por todos os estados membros. E como sabemos, também hoje o presidente Joseph Kabila pediu, numa declaração em separado, a presença de uma força multinacional no terreno.
O responsável pelo departamento das operações de manutenção da paz da ONU, Alain Le Roy admitiu por outro lado que as notícias provenientes da região são altamente preocupantes, particularmente as relacionadas com a ofensiva dos rebeldes do general Laurent Mkunda no sentido da captura da cidade de Goma.
“A estabilidade na região estaria abalada, se isso acontecesse. E então, concerteza a Missão de Manutenção da Paz da ONU, a MONUC, está lá para tentar, por todos os meios proteger a população civil,” declarou aquele responsável.
O contingente das forcas de manutenção de paz da ONU, na Republica Democrática do Congo comporta 17 mil capacetes azuis, entre militares e policiais. Entretanto, apenas uma percentagem dessa forca está estacionada no leste do país, palco dos recentes confrontos.