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Cruz Vermelha: Dificuldades na Ajuda a Refugiados do Congo


O Comité Internacional da Cruz Vermelha calcula que mais de cem mil pessoas abandonaram as suas casas desde o reinício da luta no mês passado. A porta-voz da Cruz Vermelha, Anna Schaaf, disse à Voz da América que, no passado, os residentes abandonaram as suas zonas, várias vezes, tendo muitos deles fugido apenas com a roupa que traziam no corpo.

Segundo Anna Schaaf é difícil localizar os desalojados por aqueles estarem constantemente a mudar de lugar e que ao contrário doutras situações de guerra, não há nas Províncias do Kivu do Norte e do Sul acampamentos para os desalojados. Os refugiados, disse ainda a responsável da Cruz Vermelha, vivem com os seus familiares ou amigos, ou ainda em abrigos provisórios.

É impossível localizá-los em sítios de difícil acesso devido em grande parte às condições de segurança. No entanto, a Cruz Vermelha tem sido capaz de ajudar alguns desalojados nas últimas semanas, mas que não foi possível ter acesso às zonas onde se encontra a maior parte dos mais afectados pelas hostilidades...desejaríamos trazer-lhes ajudas de emergência...mas infelizmente tivemos acesso apenas a alguns deles...não a todos...

O Comité da Cruz Vermelha afirma que a eclosão da violência entre as tropas congolesas e as facções rebeldes resultou na violação dos direitos humanos, tais como pilhagens e raptos.

Anna Schaaf disse que a Cruz Vermelha forneceu até aqui medicamentos e outros abastecimentos de tratamentos para os feridos em 17 centros de cuidados médicos na Província do Kivu do Norte. Acrescentou que a organização conseguiu igualmente capaz fornecer água potável a dez mil pessoas na província.

“Além disso, o Comité da Cruz Vermelha Internacional está a tentar manter o mesmo nível de actividades de ajuda que tinha antes da eclosão da luta, como a distribuição de alimentos a mais de 40 mil pessoas, a distribuição de sementes e alfaias agrícolas aos que tenham a possibilidade de as utilizar – nota Schaaf acrescentando “presentemente estamos a avaliar a situação anterior à guerra para sabermos o que temos de fazer .”

No âmbito da lei internacional humanitária, a responsável da Cruz Vermelha disse que as partes em conflito devem proteger as vidas e a saúde da população civil, assim como os feridos e prisioneiros da guerra.

A Cruz Vermelha, segundo ela, está em contacto com todas as partes envolvidas na luta por forma a recordar-lhes as suas obrigações, exortando-as ao mesmo tempo no sentido de permitirem que os voluntários da Cruz Vermelha possam realizar as suas tarefas de ajudar os necessitados.

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