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EUA: O Colapso Bancário


No momento em que políticos discutem em Washington o plano de resgate de 700 mil milhões de dólares, proposto pelo governo para o sistema financeiro em crise, um dos maiores bancos americanos, o Washington Mutual Incorporated, entrou em colapso sob o peso das enormes dívidas que acumulou ao fazer empréstimos arriscados no sector hipotecário.

O anúncio não poderia ter vindo em pior altura. Os reguladores oficiais entraram imediatamente em acção e providenciaram a venda do activo do Mutual ao banco de investimentos J.P. Morgan pela soma de quase 2 mil milhões de dólares.

A agência Federal de Seguros de Depósitos (FDIC) garante os depósitos bancários dos americanos até o limite de 100 mil dólares. Neste caso, porém, não precisou de fazer nada para cobrir os depósitos no Mutual por causa de sua venda ao J.P.Morgan. O FDIC já tinha gastado biliões de dólares ao assumir o controlo da IndiMac, que faliu em Julho. Analistas dizem que a bancarrota do Mutual teria absorvido metade da soma colocada pelo governo no fundo de seguro.

A J.P.Morgan anunciou que vai fechar apenas 10 por cento das sedes da empresa, mas não esclareceu quais serão elas. Kelsey Wesley, uma funcionária do Mutual em Washington, disse que os empregados estão nervosos. Mas comentou que a empresa, que é conhecida habitualmente como Wamu, tem sido generosa com seus empregados no passado

“Não sei o que acontecera, mas seja como for, Wamu dispõe de um excelente pacote de indemnizações para funcionários despedidos, e penso que esse sistema vai funcionar, mesmo se houver uma fusão” diz esta funcionaria do banco falido.

A presidente do FDIC Sheila Blair explicou que a fase de transição vai transcorrer sem quebra de continuidade para os clientes. Não haverá interrupção nos serviços bancários.

O Washington Mutual ficou enormemente endividado porque investiu na vender de hipotecas de alto risco a pessoas que depois falharam em seus pagamentos.

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