O antigo líder bósnio-servio Radovan Karadzic compareceu hoje diante do tribunal de crimes das Nações Unidas em Haia e negou acusações de genocídio nas guerras balcânicas dos anos 90.
Karadzic disse que defenderá a si próprio e negou a oferta de um advogado apontado pelo tribunal.
Karadzic responde por acusações de 11 casos de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra, por ter sido o planeador das atrocidades contra os não-servios durante as guerras entre 1992 e 1995 na Bósnia-Herzegovina. Se julgado culpado, Karadzic, de 63 anos, passará o resto de sua vida na prisão. Foi lhe dado 30 dias para confessar os crimes.
Karadzic chegou a Haia ontem, quarta-feira, uma semana após a sua prisão pela polícia sérvia em Belgrado. Ele passou os últimos dez anos na capital sérvia, disfarçado com uma longa barba e cabelos brancos, praticando a medicina alternativa antes de ser capturado pela polícia.