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Ronda de Doha Desaponta os Países Africanos


Os países africanos estão profundamente desapontados pelo colapso da Ronda de Doha. Os países africanos pediram o rápido recomeço das fracassadas conversações para um acordo de comércio global para discutirem assuntos extremamente necessários para aliviar a pobreza em África.

A Ronda de Doha para um acordo de comércio global fracassou após nove dias de prolongadas conversações. Ministros de 30 países estão divididos sobre a quem responsabilizar pelo falhanço. Mas, estão unidos em expressar a sua tristeza sobre, o que chamaram de uma oportunidade perdida.

Entre eles está o bloco de países africanos. Falando em nome do grupo, o vice-primeiro-ministro e ministro do Comércio do Quénia, Uhuru Kenyatta, disse que os países africanos estão desapontados com o desenlace das negociações.

Sublinhou que os principais assuntos de interesse para o continente africano não foram sequer discutidos, especialmente o do algodão. Contudo, disse ser importante manter a promessa de manter a Ronda de Doha viva.

Ele acrescentou que “não é necessário responsabilizar ou apontar o dedo a quem couber a responsabilidade desta situação. O assunto crítico agora é focar sobre quão rápidos nos podemos mover para manter ou preservar quaisquer progressos que tenham sido feitos numa série de assuntos importantes nas negociações. Este deve ser o nosso ponto de partida quando as negociações recomeçarem”.

Kenyatta afirmou que a agenda da Roda de Doha está directamente ligada ao desenvolvimento económico e ao alívio da pobreza, tendo apelado aos membros da Organização Mundial do Comércio para continuarem empenhados a fim de que a Ronda possa ser concluída sem mais atrasos.

“A nossa posição é a de que a África necessita desesperadamente de desenvolvimento e sair da pobreza através do estabelecimento de um comércio honesto em vez de receber ajuda. A oportunidade de África alcançar um comércio honesto esta a ser, portanto, gravemente minada pela falta de progresso nessas negociações”.

Negociadores sobre comércio internacional estão de acordo de que foram aceitas muitas concessões e feitos compromissos num esforço para se obter um pacote de acordos de comércio.

A representante para o Comércio Externo dos Estados Unidos, Susan Schwab, disse que o chamado mecanismo de salvaguarda para remediar aumentos em produtos agrícolas importados já existe. Afirmou que esses pedidos são desnecessários e leva a que mercados se fechem em vez de se abrirem.

Segundo Schwab, “a ironia é que todo este debate sobre se deve ser mais fácil ou difícil criar barreiras alfandegárias para alimentos importados, acontece no contexto de uma crise alimentar mundial, quando isso era a última coisa que deveríamos falar e negociar ou mesmo pensar em criar obstáculos ao comércio de alimentos”.

Schwab disse que Washington mantém as suas ofertas, incluindo uma redução dos subsídios aos agricultores dos Estados Unidos e se outros países responderem de uma forma significativa, então será possível chegar a um acordo. Disse ainda que a Ronda de Doha e o caminho a seguir e que é importante recomeçar as negociações o mais rapidamente possível.


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