O candidato democrata à Casa Branca, Barak Obama, afirma ter mantido conversações “construtivas” com os líderes iraquianos, durante a deslocação que efectuou a Bagdade, a primeira dos últimos dois anos.
Obama após conversações, em separado, com o presidente Jalal Talabani e com o chefe do governo iraquiano, Nouri al-Maliki. Nenhuma das personalidades fez declarações após os encontros.
Obama opõe-se à guerra no Iraque e tem, repetidamente, prometido retirar as tropas americanas daquele país, se for eleito presidente.
No início deste mês, o senador Obama disse que gostaria de retirar as tropas americanas do Iraque à cadência de uma ou duas brigadas por mês, querendo com isso significar que as forças de combate americanas regressariam a casa no prazo de 16 meses.
Numa entrevista à revista alemã “De Spiegel”, o primeiro-ministro iraquiano apoiou o plano de Obama mas, posteriormente – face à controvérsia gerada em Washington – o porta-voz de Maliki alegou que as suas declarações foram mal traduzidas e citadas fora do contexto. Mas, depois do encontro mantido, segunda-feira, em Bagdade, Mailiki e Obama afirmaram desejar que as forças combatentes americanas saiam do Iraque até o ano 2010.
Entretanto, o candidato republicano à Casa Branca, John McCain, prossegue a sua campanha eleitoral nos EUA, tentando atrair a atenção dos media para as suas propostas eleitorais. McCain reuniu-se, na segunda-feira, com o antigo presidente George Herbert Walker Bush, na sua residência de Verão, na costa do Estado do Maine.
Convidado a comentar a visita de Obama ao Iraque e sobre a possível retiradas das forças americanas em 2010, McCain disse que as tropas americanas devem ficar no Iraque até que seja obtida uma vitória: “É com base nas condições no terreno que temos que manter o progresso que formos obtendo. A questão principal aqui é que o senador Obama não poderia ter ido ao Iraque como foi, se não tivesse sido o reforço súbito das tropas no Iraque, a que se opôs. E o reforço foi bem sucedido. É o reforço que está a ganhar a guerra. Ele opôs-se a isso. Ele disse que não iria resultar.”
Durante a visita que efectuou, anteriormente, ao Afeganistão, Barak Obama defendeu a retirada das tropas americanas do Iraque para as utilizar como reforço no território afegão. Disse Obama:
“Começa a haver um consenso crescente de que chegou a hora para retirarmos algumas das nossas forças combatentes do Iraque para as enviar para aqui, no Afeganistão, e eu penso que temos que aproveitar essa oportunidade. Esta é a altura para o fazer”.
Os apoiantes do senador Obama dizem esperar que esta sua digressão internacional pelo Afeganistão, Kuwait, Iraque, Jordânia e Europa reforce as suas credenciais em termos da condução de questões internacionais e de segurança nacional, áreas em que o senador McCain aparece à frente nas sondagens.