A administração Bush continua a defender a declaração de que o governo de Mbeki se colocou do lado errado da história quando na semana passada votou contra um projecto de resolução que continha mais sanções contra o regime de Mugabe, acrescentando não ter que pedir desculpas pelas declarações do embaixador Kalilzad criticado a África do sul .
O vice-ministro dos negócios estrangeiros sul africano Aziz Pahad disse que o seu governo iria exigir desculpas por parte dos Estados Unidos pelo que disse serem comentários extraordinários e inaceitáveis de Kalilzad no conselho de segurança após a resolução ter sido vetada pela Rússia e China.
A África do sul votou também contra a resolução que previa sanções financeiras e a proibição de viagens ao presidente Robert Mugabe e aos seus colaboradores mais próximos.
Kalilzad afirmou entre outras coisas estar surpreendido com a aparente protecção de Mbeki ao seu homologo zimbabwiano mesmo quando este estava envolvido no uso da violência contra a oposição.
O enviado dos Estados Unidos disse acreditar que Mbeki está desligados das realidades políticas sobre esta questão dentro do seu país.
O porta voz do departamento de estado Sean McCormack disse ter lido a transcrição dos comentários de Kalilzad e não encontrou qualquer razão para um pedido de desculpas:
‘Cada estado tomou a sua própria decisão. A África do Sul poderia ter estado do lado certo da historia votando pela resolução. Escolheu não o fazer. Repito que isso é a sua decisão e agora as pessoas vão julgar as suas acções’.
McCormack
disse também não haver nada de inapropriado na esperança manifestada terça
feita pela secretaria de Estado assistente para assuntos africanos Jendayi
Frazer de que a África do Sul adopte uma posição mais dura contra o Zimbabwe
após Mbeki abandonar o poder no próximo ano.
O porta voz disse ser publico o facto do dirigente do congresso nacional africano Jacob Zuma, considerado o provável sucessor de Mbeki, ter adoptado um posição publica diferente do actual presidente que tem sido acusado de adoptar uma posição demasiado conciliatória com Mugabe.
Na terça feira o presidente George Bush disse que após o fracasso em adoptar se a resolução da ONU o seu governo estão a elaborar possíveis novas sanções bilaterais contra os lideres do Zimbabwe.
A secretaria de estado Condoleezza Rice descreveu, entretanto o regime autoritário de Mugabe como uma pagina da historia que a África deve virar. Rice avisou que a região faz face a instabilidade constantes caso as aspirações pacificas dos zimbawianaos não sejam respeitas e reflectidas no seu governo.