Links de Acesso

Troca de Prisioneiros Entre Israel e o Hezbollah


Israel e o grupo militante islâmico libanês Hezbollah deverão proceder à troca de prisioneiros, ainda no decorrer desta semana.

De facto Israel decidiu avançar com a troca de prisoneiros, apesar de um inconclusivo relatório do Hezbollah a propósito do paradeiro de um militar da força aérea israelita.

O documento, de 80 páginas, não desvenda a sorte do militar Ron Arad, um piloto israelita cujo avião fora abatido em 1986, no Líbano.

Arad foi, na altura, alegadamente, recuperado com vida por aquele grupo militante xiita, mas acabaria por desaparecer, duas décadas depois, sem deixar vestígios. A versão do Hezbollah e, entretanto, outra: o soldado israelita teria morrido com o impacto da queda do avião.

Aquele movimento islâmico nunca chegou a apresentar as provas, nem indicou o local onde os restos mortais daquele militar israelita teriam sido sepultados.

Mas, o analista israelita Barry Rubin prefere acreditar que o piloto Ron Arad esteja ainda vivo e na posse do Hezbollah. Diz Arad: “Existe sempre a esperança e nós sabemos que os raptores mantém por longos períodos as pessoas que têm na sua posse, para explorar posteriormente os dividendos dessa tragédia. A menos que se tenha razões para se pensar o contrário, penso que a esperança continua acesa”.

Mas, apesar disso, Israel não parece disposto a permitir que o caso de Ron Arad interfira na troca de prisioneiros, agendada com aquele grupo militante para esta quarta-feira .

Na base do acordo, Israel vai trocar vários militantes libaneses e os corpos de alguns guerrilheiros do Hezbolah pelos dois soldados israelitas, cuja captura por aquele movimento xiita, esteve na origem, há precisamente dois anos, na guerra do Líbano. Acredita-se, por outro lado, que os dois soldados estejam mortos.

O acordo acabou mesmo assim por gerar acesa controvérsia, pelo facto de prever a libertação do prisioneiro libanês, Samir Kuntar, condenado por ter esmagado a cabeça de um israelita , um crime cometido em 1979 e na presença de uma filha da vítima, de quatro anos de idade

Para Barry Rubin, a libertação de Samir Kuntar é uma afronta à consciência dos israelitas: “Samir Kuntar é o criminoso mais horrível que o terrorismo alguma vez produziu e as pessoas deveriam pensar melhor, antes de libertarem uma pessoa do género”.

O governo israelita justifica a libertação de Kuntar com a necessidade de reaver os dois soldados israelitas, na posse do Hezbollah, isto apesar de vozes críticas, insistindo que Telavive, em momento algum deveria proceder à troca de um elemento terrorista, por dois soldados mortos.

XS
SM
MD
LG