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Maior o Número de Famílias


A agência das Nações Unidas para os Refugiados afirma-se perturbada com o padrão de deslocados do Zimbabué, desde a segunda volta das eleições presidenciais do mês passado. Antes, na sua maior parte os zimbabueianos que cruzavam a fronteira para a África do Sul eram ou homens ou mulheres, solteiros, à procura de emprego.

Mas, agora, é cada vez maior o número de famílias que demandam a África do Sul em resultado da violência política. Jennifer Pagonis, porta-voz do ACNUR, afirma que várias pessoas exibem sinais de espancamento ou tortura.

Por exemplo, na cidade de Musina, perto da fronteira entre o Zimbabué e a África do Sul, há uma presença visível de zimbabueianos vulneráveis, que dormem na mata, esmolam junto aos sinais de tráfego que precisam desesperadamente de ajuda humanitária. Muitos dos que chegam a África do Sul, fazem-no através de passagens fronteiriças ilegais. E os que entram legalmente, por norma, não pedem asilo. O que dificulta obter uma estimativa quanto aos números envolvidos. Receiam ser presos e deportados, e assim permanecem na clandestinidade, o que os torna vulneráveis a outras formas de violência e exploração.

Pagonis diz que os números fornecidos por fontes idóneas indicam que, só nos últimos 40 dias, cerca de 17 mil zimbabueianos foram deportados da África do Sul, através do posto fronteiriço de Beit Bridge.

Deportações que tiveram lugar, nota Pagonis, apesar dos apelos do ACNUR de suspender as deportações e que seja garantido o acesso ao processo de asilo.

Dada a situação crítica, Pagonis diz que o ACNUR apela à África do Sul para que excepcionalmente garanta estatuto legal temporário aos zimbabueianos, o que lhes permitirá permanecer naquele país.

O ACNUR refere também a chegada de centenas de zimbabueianos que procuram asilo em Moçambique, Botswana e Zâmbia.

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