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Ultraje Internacional Continua a Aumentar


O ultraje internacional continua a aumentar contra o presidente zimbabueano Robert Mugabe e a violenta campanha eleitoral do seu governo. O governo britânico anunciou agora que vai proibir a entrada no país da selecção de criquete do Zimbabwe.

O debate sobre se a selecção de criquete do Zimbabwe deve ser autorizada a jogar em provas internacionais já decorre há algum tempo.

O governo britânico queria que a decisão de impedir os zimbabueanos de competirem no pais fosse tomada pela Federação de Criquete da Inglaterra e País de Gales. Mas os acontecimentos recentes no Zimbabwe mudaram o quadro.

O primeiro-ministro Gordon Brown referiu-se ao assunto na sua habitual intervenção das quartas-feiras no Parlamento.

"O ministro da Cultura esta a trabalhar com a Federação Inglesa de Criquete. Queremos assegurar que o Zimbabwe não jogue no próximo ano na Inglaterra e iremos pedir a outros países para se juntarem a nos para banir o Zimbabwe de participar no torneio internacional Twenty-Twenty."

O torneio mundial de criquete Twenty-Twenty, que se realiza no próximo Verão na Inglaterra, foi lançado oficialmente em Londres na terça-feira com o Zimbabwe ainda entre as 12 selecções nacionais competidoras. Mas pouco depois da declaração do primeiro-ministro, a Federação de Criquete da Inglaterra e Pais de Gales anunciou que vai suspender as relações com o criquete do Zimbabwe.

O Conselho Internacional de Criquete reúne-se no Dubai na próxima semana para discutir o caso do Zimbabwe e observadores prevêem que o país seja suspenso.

A decisão de banir o Zimbabwe poderá ser mais fácil já que no principio da semana, os órgãos dirigentes do criquete da África do Sul, os mais fortes aliados do criquete do Zimbabwe, anunciaram o corte de todos os laços com o Zimbabwe. A medida seguiu-se a pressões de jogadores de criquete sul-africanos que ameaçaram não jogar contra o Zimbabwe devido a presente situação política.

Entretanto, o líder da oposição zimbabueana, Morgan Tsvangirai, num artigo publicado pelo diário britânico Guardian, saudou a declaração do Conselho de Segurança das Nações Unidas, aprovada por unanimidade, condenando a violenta campanha do governo do Zimbabwe, e apelou por uma força de manutenção da paz para proteger o povo zimbabueano. Tsvangirai enfatizou que não esta a apelar por um conflito armado, mas acrescentou que o povo do Zimbabwe precisa mais do que apenas palavras de indignação.

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