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Bush e Brown Pressionam Mugabe


O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e o presidente George Bush condenaram a actual vaga de violência no Zimbabwe e exortaram o governo de Harare a aceitar observadores eleitorais internacionais.

Os dois líderes fizeram os seu comentário durante uma conferência de imprensa conjunta, que teve lugar em Londres. O primeiro-ministro Gordon Brown descreveu o governo do actual presidente Robert Mugabe como cada vez mais desesperado e criminoso. Brown disse lamentar a violência e as prisões dos políticos da oposição, incluindo Morgan Tsvangirai, que concorre contra Mugane na segunda volta das presidenciais marcadas para o dia 27 de Junho.

Brown disse que tudo deveria ser feito para garantir que os resultados eleitorais reflictam a vontade do povo zimbabweano: “Não se deve permitir que Mugabe roube as eleições, que vão ter lugar dentre de menos duas semanas, e é por essa razão que apelamos para que o Zimbabwe aceite um enviado para os Direitos Humanos da ONU visite o Zimbabwe agora e para que aceite observadores internacionais de todas as partes do mundo que estejam disponíveis para garantir que estas serão eleições livres e justas”.

Esta posição frontal, tomada por Brown, surge por entre crescentes informações de actos de violência patrocinados pelo governo no Zimbabwe e da massiva intimidação dos votantes e dos apoiantes da oposição.

O presidente Bush disse que o governo dos EUA apoiará todos os esforços para possibilitar a realização de eleições livres e justas, no Zimbabwe. Afirmou Bush: “O povo do Zimbabwe tem sofrido sob a liderança de Mugabe e nós iremos cooperar convosco para garantir que este povo bom tenha eleições livres e justas, tanto quanto possível, o que, obviamente, Mugabe não quer que tenha.”

O presidente Bush e o primeiro-ministro Brown contam-se entre o crescente número de vozes expressando alarme acerca do que se está a passar no Zimbabwe. Na semana passada, 40 destacadas personalidades africanas, incluindo o antigo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, assinaram uma carta aberta, apelando para a realização de eleições livres e justas no Zimbabwe.

Annan deu uma conferência de imprensa, em separado, em Londres, apelando para que o governo do Zimbabwe ponha fim à sua campanha de intimidação e para permitir que a oposição faça a sua campanha livremente. Disse Annan:

“Quem quer que seja que ganhe as eleições, esperamos que o resultado seja anunciado prontamente pela comissão eleitoral e quem quer que tente subir ao poder através de eleições fraudulentas terá um preço a pagar. Penso que o povo do Zimbabwe e os africanos não irão aceitar que isso aconteça e não terá a legitimidade da lei e a comunidade internacional também não irá aceitar que isso aconteça.”

Robert Mugabe ameaçou, recentemente, fazer guerra para impedir que a oposição assuma o poder. Mugabe descreveu o Movimento Democrático para a Mudança, de Morgan Tsvangirai, como traidores utilizados pela Grã-Bretanha para re-colonizar o Zimbabwe. Tsvangirai e o governo britânico negam aquela acusação.

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