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Bush Termina Digressão Europeia


O presidente George Bush está em Londres para manter, hoje, conversações com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.

As conversações formais entre os dois líderes deverão centrar-se na situação no Iraque e no Irão, bem como questões relativas às relações comerciais, do meio ambiente e acerca da evolução do processo de paz na Irlanda do Norte.

O presidente Bush chegou a Londres por entre informações de que o governo britânico poderá estabelecer uma data para a retirada das suas tropas do Iraque. Paralelamente, um jornal britânico publicou uma entrevista com o presidente Bush na qual este adverte contra uma retirada arbitrária, afirmando que qualquer retirada deve ser baseada no sucesso obtido no terreno.

A Casa Branca minimizou as diferenças com a Grã-Bretanha no que toca à questão da retirada de tropas. O Conselho para a Segurança Nacional da Casa Branca, Stephen Hadley, disse que, tanto o presidente como o primeiro-ministro britânico, querem trazer as tropas de regresso a casa, mas apenas quando as condições forem as necessárias.

Bush e Brown terão oportunidade de debater aquela questão em profundidade durante as conversações formais que irão manter. Mas, no domingo, a agenda do presidente americano esteve cheia de acontecimentos sociais, incluindo uma visita ao Castelo de Windsor, na companhia da rainha Elizabeth e um jantar privado com o primeiro-ministro Brown e um grupo de historiadores, na residência oficial do chefe do governo britânico.

Na última vez que Bush se reuniu com Brown, foi em Abril, em Washington. Mas, o grande título gerado durante essa visita não partiu da Casa Branca. Foram as conversações mantidas anteriormente entre Brown e três senadores americanos que, na altura, concorriam à presidência.

John K Glenn, chefe do programa de política externa do Fundo Marshall dos EUA, disse não ter ficado surpreendido ao saber que o encontro com aqueles candidatos tenham surgido em primeiro lugar. Diz ele:“A partir de agora, as pessoas vão aguardar para ver quem ganha as eleições e que tipo de acordo terão que fazer com o novo presidente”.

Glenn afirma que o antecessor de Brown, Tony Blair, chegou à conclusão que a sua ligação a George Bush acabaram por constituir um fardo que afectou a sua popularidade na Grã-Bretanha. Diz este analista, que o primeiro-ministro Brown está a ser mais cuidadoso.

Mas, durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, durante a sua visita em Abril, Brown fez questão em declarar que a relação especial que existe entre a Grã-Bretanha e os EUA é uma forte relação.

O jornalista veterano Reginald Dale, agora membro do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington, diz que Bush parece mais confortável com os novos líderes da Alemanha e da França. Mas, sublinha que este relacionamento especial se mantêm de pé porque está baseado numa mesma linguagem e em valores comuns e que transcende personalidades: “Existe uma extraordinária ligação que não poderá ser quebrada apenas porque há diferenças entre o número 10 da Downing Street e o 1600 da Pensilvânia Avenue, a Casa Branca.”

Depois das suas conversações formais e de uma conferência de imprensa conjunta, o primeiro-ministro Brown e o presidente Bush seguem para Belfast,na Irlanda do Norte, onde ambos irão saudar os progressos feitos no processo de paz. Será a última escala da última digressão europeia do presidente Bush, périplo que o levou à Eslovénia, Alemanha, Itália e França.

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