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Conselho da ONU Confiante em Kabila


O Conselho de Segurança da ONU afirma que o presidente do Congo-Kinshasa tem um projecto para ao seu país que inclui a melhoria da segurança, através do desarmamento dos grupos rebeldes e a abertura de conversações com estes para obter um acordo de paz . Os membros do Conselho de Segurança avistaram-se com o presidente Joseph Kabila, no sábado, no seu palácio presidencial.

Os membros do Conselho de Segurança mantiveram uma reunião à porta fechada com o presidente Kabila, que durou uma hora. Posteriormente, o embaixador francês junto da ONU, Jean Maurice Ripert, que liderou a delegação disse haver sinais positivos de que a situação está a melhorar na volátil região Leste do país: “O que sentimos e o que o presidente sente é que a situação está a melhorar, porque todos os dias há milícias que se estão a render. Por isso, o processo está a dar bons sinais e a melhoria das relações tanto com o Uganda como com o Ruanda irá, por certo, ajudar”.

O Congo está ainda a recuperar de uma Guerra civil de cinco anos que arrastou vários países vizinhos – incluindo o Uganda e o Ruanda – e que resultou na morte de mais de quatro milhões de pessoas, na sua maioria vítimas de doença e de fome.

A ONU tem neste país a sua mais numerosa força de manutenção da paz (a MONUC), constituída por mais de 16 mil soldados com um orçamento anual que ultrapassa os mil milhões de dólares. Tem como mandato ajudar o governo do Congo a consolidar os avanços em relação ao processo de paz, ajudando a desarmar grupos armados, locais e estrangeiros, que operem no Congo.

O embaixador Ripert disse que levará algum tempo até que as forças da ONU possam abandonar o Congo, mas adiantou que o presidente Kabila tem uma visão para o seu país que inclui a melhoria da situação de segurança levando os rebeldes das Forças Democráticas da Libertação do Ruanda a desarmar, de acordo com uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, e abrir caminho para a sua gradual redução.

Ripert acrescentou que o presidente Kabila está empenhado no processo de paz, tendo manifestado a sua disposição em dialogar com as Forças Democráticas de Libertação do Ruanda para encontrar uma paz duradoura. Disse o embaixador francês: “O presidente deseja levar o processo até ao fim. Aceitou dialogar com eles, o que já constitui um importante avanço. Nós exortamos as Forças Democráticas de Libertação do Ruanda para que desarmem, para que correspondam às exigências do Conselho de Segurança e para que dialoguem com o presidente Kabila para que haja uma solução pacífica para este problema dramático.”

No domingo, a delegação do Conselho de Segurança deslocou-se à Costa do Marfim, a sua última escala de uma digressão por cinco nações africanas com problemas por resolver, incluindo visitas ao Sudão e ao Chade.

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