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Angolanos Abandonam a África do Sul


Chegam ainda hoje a Angola cerca de 50 famílias angolanas que deixaram a África do Sul, em resultado da violência xenófoba que, há mais de três semanas, sacode aquele país. A maior parte partiu da Cidade do Cabo, onde a situação foi menos tensa, mas foi um incidente em Joanesburgo que despoletou a evacuação. António do Nascimento, adido de imprensa da embaixada de Angola na África do Sul fez o ponto da situação para a VOA: “Temos casos de três elementos de um dos bairros de Joanesburgo que viram as suas casas atingidas. Uma destruída, e duas parcialmente destruídas. Um deles decidiu ficar, mas os outros preferiram ficar”.

Os angolanos que, hoje se fizeram à estrada, não foram os primeiros a fazê-lo. Na última semana, no auge de uma vaga de ataques que atingiu, sobretudo moçambicanos, alguns angolanos entenderam que não havia condições para continuar na África do Sul.

“A partir de Joanesburgo, no dia 23, regressou uma família, esta quarta-feira, regressa outra de avião e mais cinquenta famílias que sairão da Cidade do Cabo de carro”, adiantou António do Nascimento.

Ao todo, vivem na África do Sul mais de cinco mil angolanos. Havia muito poucos nas zonas de maior tensão, pelo que, segundo o adido de imprensa da embaixada de Angola, estavam menos expostos à violência xenófoba protagonizada por alguns sul-africanos que acusam estrangeiros de lhes tirarem empregos e de fomentarem a criminalidade.

<Temos de dar graças a Deus que estes acontecimentos não atingiram com muita incidência as zonas onde vivem angolanos>.

A vaga de violência xenófoba já fez mais de 50 mortos e resultou na evacuação de cerca de 30 mil moçambicanos e mais de 10 mil zimbabwanos. Milhares de estrangeiros, entre os quais, somalis, nigerianos e outros procuraram refúgio em esquadras de polícia .

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