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Investimentos Estrangeiros na África Sub Sahariana


Angola é um dos países da África sub sahariana que mais investimentos estrangeiros está a receber, revela um estudo ontem publicado pelo Fundo Monetário Internacional.

O relatório contem boas noticias para essa região de África e para Angola. Moçambique é também mencionado como um dos exemplos de estabilidade económica na sub região que tem contribuído para atrair o capital privado.

O documento afirma que em 2007 a entrada de capitais privados na África sub sahariana atingiu os 50 mil milhões de dólares.

Segundo o estudo Angola recebeu cinco virgula dois por cento do total desses investimentos tendo à sua frente apenas a Nigéria 29,4 por cento, a África do Sul (18,2), e a Guine Equatorial (9,1 por cento).

A “abundante liquidez global” é em parte responsável pelo aumento da entrada de capitais privados em África, diz o documento que sublinha no entanto que “os investidores são também atraídos pela sólida performance macro-económica da África sub shaariana, situações políticas mais estáveis e lucros maiores do que esperado devido ao aumento dos preços de matérias primas”.

O documento faz notar ainda a entrada de investimentos em bolsas de “um pequeno grupo de países com mercados financeiros mais desenvolvidos”, sublinhando que “muitos países africanos comparam-se agora favoravelmente como países do leste asiático nos anos de 1980”.

Um grupo de oito países, entre os quais Moçambique está agora em melhor situação financeira e económica do que os países da Associação dos Países do Sudeste Asiático em 1980 acrescenta.

Para os autores do estudo a aceleração da entrada de capitais privados na África sub sahariana “cria oportunidades para a região, especialmente tendo em conta que a entrada de ajuda não sofreu alteração nos últimos anos”.

“O capital privado dá aos países uma fonte alternativa para financiar infra-estruturas e outros investimentos, estimulando assim o crescimento e ajudando os países a fazerem progressos em direcção aos objectivos doe desenvolvimento do milénio”, diz o documento que avisa que, contudo “entradas significativas de capital privado podem aumentar a volatilidade macro-económica e criar vulnerabilidade no sector financeiro”.

O documento do FMI afirma ainda que a entrada de capital privado deverá em breve “substituir a ajuda oficial como a mais importante fonte de financiamento externo para a África sub sahariana”.

“Isto é um desenvolvimento saudável, mas sublinha ainda mais a importância de uma gestão macro-económica sólida, de políticas transparentes de administração de capitais e de reformas do sector financeiro para assegurar que os países usem a entrada dessa capital produtivamente evitando a instabilidade macro-económica e retrocessos súbitos,’ diz o relatório que acrescenta que “a longo prazo os benefícios da entrada de capitais dependem de melhores instituições domesticas e mercados financeiros mais fortes e profundos”.

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