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Autoridades Brimanesas Lentas a Responder às Ofertas de Ajuda


O responsável da ONU pela ajuda humanitária afirma-se desapontado com o governo da Birmânia por este não ter avançado com mais rapidez para permitir a entrada dos funcionários das agências de ajuda internacionais e os abastecimentos destinados às vítimas do ciclone.

John Holmes disse a jornalistas que a situação humanitária na Birmânia está a agravar-se a todo o momento e que um desastre mais grave poderá resultar se as agências de ajuda não puderem fazer chegar os seus abastecimentos o mais depressa possível. Holmes disse-se desapontado pelo facto das autoridades birmanesas não esatrem a avançar no sentido de autorizar a rápida entrada dos trabalhadores das agências internacionais e da ajuda de emergência. Disse Holmes: “A frustração tem estado a aumentar e a resposta humanitária tem estado a ser adiada devido a dificuldades de acesso de diversas formas.”

Holmes disse ainda ter obtido apenas um progresso limitado desde quarta-feira. Quatro voos do Programa Alimentar Mundial (PAM) aterraram na Birmânia e a Cruz Vermelha está a ter também algum sucesso em conseguir enviar a ajuda de emergência para aquele país altamente controlado pelo seu governo.

Mas, Holmes disse que a equipa de coordenação da ONU para os desastres naturais, constituída por quatro cidadão asiáticos tem autorização para entrar na Birmânia e que tem cumprido a sua missão com relativo êxito. Dois elementos da equipa foram autorizados a entrar, mas dois outros foram impedidos. A ONU está ainda a tentar saber as razões daqueles impedimentos. Um quinto elemento, que não é asiático, necessita de um visto de entrada e está ainda a aguardar autorização.

O embaixador americano junto da ONU, Zalmay Khalilzad, disse que os EUA estão chocados pela demorada resposta dada pelas autoridades birmanesas à ajuda internacional que lhes foi oferecida. Disse Khalilzad: “Estamos ultrajados pela lentidão da resposta do governo da Birmânia às ofertas de ajuda feitas. É claro que a capacidade do governo para enfrentar esta situação – que é catastrófica – é limitada. E um governo tem a responsabilidade de proteger os seu povo, para garantir a sua subsistência. E, desde que não sejam capazes de o fazer, espera-se que o governo aceite a assistência de terceiros”.

As autoridades birmanesas calculam que o ciclone de sábado passado matou, pelo menos, 23 mil pessoas. Perto de 42 mil estão dadas como desaparecidas. Mas, o chefe da missão diplomática americana na Birmânia disse que o número de vítimas poderá ultrapassar os cem mil mortos.

Responsáveis da ONU afirmam que mais de um milhão de pessoas ficaram desalojadas.

A ONU tenciona lançar um rápido apelo em prol da Birmânia, esta sexta-feira. John Holmes adiantou estar também a considerar visitar ele próprio a zona devastada pelo ciclone.

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