O presidente Bush afirmou que a nova liderança cubana não está a demonstrar seriedade no que se refere a reformas. Acrescentou que a transição para Raul Castro apenas produziu gestos vazios de conteúdo. Disse Bush:”Enquanto não houver uma mudança de atitude, enquanto não houver compaixão e uma mudança no modo como o governo trata o seu povo, não poderá haver mudança.”
O presidente Bush reconheceu que sectores críticos da sua administração pretendem que sejam diminuídas as pressões sobre o governo cubano. Não deixou, contudo, margem para dúvidas de que permanecerá firme no seu posicionamento, realçando que Cuba continua a ser governada pelo mesmo grupo que oprimiu o seu povo durante meio século: ”Cuba não poderá ser uma terra de liberdade, enquanto a liberdade de expressão continuar a ser punida e enquanto as opiniões só possam ser expressas em segredo. Cuba não pode tornar-se num país próspero apenas através da diminuição das restrições à venda de produtos que o cubano comum não pode de qualquer modo comprar.”
O presidente Bush salientou ainda que ouviu da própria boca de dissidentes cubanos as suas histórias pessoais. Disse, a esse respeito, que participou numa video-conferência, no início da semana, com activistas pró-democracia em Cuba e que ficou impressionado com a sua bravura. O presidente americano fez estas declarações num discurso que fez perante o Conselho das Américas, uma organização empresarial que promove o comércio livre e a democracia no hemisfério ocidental.
Os líderes democráticos, no Congresso dos EUA, bloquearam a votação sobre um acordo com a Colômbia e não deram luz verde à conclusão e um pacto com o Panamá. Segundo o presidente Bush, isso constitui um grande erro salientando que esses acordos diminuiriam os impostos sobre os bens e serviços americanos, aumentando as exportações americanas. O presidente Bush afirmou igualmente que gostaria que os legisladores apoiassem os esforços conjuntos dos Estados Unidos, do México e dos países América Central, para combater o tráfico de drogas.