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Obama e Hillary:  Novo “Duelo” Político


Na corrida eleitoral para a presidência dos EUA, ambos os candidatos pelo Partido Democrático sublinharam a unidade partidária antes das duas próximas votações que se perfilam como decisivas para definir qual deles irá defrontar o candidato pelo Partido Republicano, o senador John McCain.

Durante meses, os senadores Hillary Clinton e Barak Obama tem estado envolvidos nas mais duras batalhas eleitorais de que há memória nas eleições primárias para as presidenciais.

A retórica entre os dois candidatos tem sido, frequentemente, dura com Hillary, a certa altura, a questionar se Obama teria as credenciais necessárias para ser comandante chefe das FA americanas, enquanto Obama criticava frontalmente as políticas de comércio livre adoptadas pelo marido de Hillary quando este foi presidente.

Alguns democratas têm-se questionado abertamente sobre se esta luta entre elementos do mesmo partido irá enfraquecer o futuro candidato democrata, reduzindo as hipóteses do partido conquistar a Casa Branca.

No domingo, dos dois candidatos presidenciais pareceram moderar de tom, reduzindo as críticas mútuas e centrando a sua atenção na unidade do partido. Clinton foi entrevistada pela rede de TV “ABC”: “Tanto o senador Obama como eu temos tornado muito claro que teremos um Partido Democrático Unificado quando chegar a altura das eleições presidenciais, no Outono. Tenho dito que me esforçarei ao máximo e apoiarei Obama, se for ele o escolhido. E ele disse o mesmo se for eu a candidata.”

Obama tomou uma posição idêntica ao ser entrevistado para a rede de TV “NBC”: “Quero que um democrata ganhe em Novembro. Por isso, mesmo que a senadora Clinton seja a indigitada, em vez de mim, eu irei fazer campanha a favor dos democratas.”

Obama vai à frente de Hillary Clinton na tanto na contagem dos delegados ganhos nas eleições primárias com no número de votos recebidos até agora.

Muitos analistas políticos têm sugerido que será virtualmente impossível para Hillary ultrapassar Obama na contagem dos delegados nas votações que estão ainda por fazer.

Não obstante, Hillary Clinton ganhou as três últimas eleições realizadas em Estados com grande percentagem populacional, duas das quais – Ohio e Pensilvânia – são considerados vitórias obrigatórias para os candidatos democratas que queiram conquistar a Casa Branca em Novembro. Paralelamente, o senador Barak Obama tem sido obrigado a enfrentar uma vaga de críticas decorrentes de afirmações que fez acerca de votantes da classe operária, a que se juntaram incendiárias declarações proferidas pelo seu antigo pastor.

As controvérsias parecem ter minado o apoio de que Obama até agora detinha nas sondagens ao nível nacional. O que fica por saber é se aquela erosão irá afectar os chamados super-delegados, os anciãos do Partido Democrático, que votam independentemente dos resultados da votação popular na escolha final do eventual candidato.

Até agora, não se tem assistido a qualquer êxodo maciço de super-delegados para o lado de Obama.

A maioria dos observadores políticos afirma que o senador Obama está em posição de vencer as primárias desta terça-feira no Estado da Carolina do Norte, muito embora por uma margem mais reduzida do que era de esperar há duas semanas atrás. No Estado de Indiana, as sondagens mais recentes dão uma vitória tangencial a Hillary Clinton, nas eleições de terça-feira.

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