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Repressão do Governo Contra Bando Criminoso


O Quénia Central forneceu a maior base de apoio ao presidente Mwai Kibaki nas recentes eleições. Mas os líderes políticos da região estão cada vez mais frustrados com a repressão do governo contra um bando criminoso da zona e a lenta movimentação em reassentar deslocados internos.

O Mungiki é o mais notório bando criminoso do Quénia, responsável por uma onda de crime no ano passado que incluiu varias decapitações e mais recentemente uma tentativa para paralisar o tráfego e o comércio em Nairobi e no Quénia Central.

A policia prometeu uma forte resposta. No ano passado, grupos de direitos humanos acusaram as forças policiais de muitas mortes extrajudiciais nos seus esforços para esmagar o bando.

Quando dois líderes do bando foram mortos a tiro na segunda-feira perto de Nairobi, a policia disse suspeitar que o incidente foi causado por lutas de poder internas, mas porta-vozes do grupo, juntamente com outras pessoas, suspeitam que agentes policiais a paisana foram os autores das mortes.

O bando criminoso Mungiki é largamente formado por jovens do grupo étnico Kikuyu da Província Central e lideres da área disseram que a resposta do governo tem causado uma ira crescente na comunidade, que fornece a grande parte do apoio político ao presidente Kibaki.

Um grupo de lideres da comunidade, incluindo o deputado Elias Mbau, pediu ao governo para mudar a sua resposta.

“Estas são as regiões que deram o maior apoio ao presidente Mwai Kibaki e, portanto dói-nos muito quando todos os dias continuamos a assistir a funerais de jovens que foram mortos a tiro e cujos assassinos nunca foram chamados a pedra. Apoiamos Kibaki e agora estamos a sofrer imenso.”

O deputado Mbau disse que ia levantar o assunto no parlamento. O antigo ministro da Defesa, Njenga Karume, entretanto, apelou ao governo para libertar sob caução o líder do Mungiki, Maina Njenga.

Negociações foram iniciadas entre lideres do Mungiki e o governo, mas foram interrompidas após os assassínios de segunda-feira.

Um outro líder da Província Central, o bispo católico John Njenga, apelou ao governo para se despachar no reassentamento de pessoas deslocadas pela violência após as eleições de 27 de Dezembro.

“Os deslocados internos não podem comemorar o primeiro aniversario em campos através do país. Façamos com que o nosso alvo e que nenhum deslocado interno esteja num campo em 30 de Dezembro deste ano”.

Alguns membros do Partido de Unidade Nacional, do presidente Kibaki, sentem que o presidente concedeu muito ao concordar partilhar o poder com Raila Odinga, o seu adversário nas presidenciais de Dezembro. Odinga e o primeiro-ministro e o seu partido Movimento Laranja controla metade dos Ministérios.

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