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Parlamento Queniano Reabriu


O parlamento queniano reabriu hoje com o presidente Mwai Kibaki apelando aos deputados a aprovarem o acordo de partilha de poder para por fim a violência pos-eleitoral.

Kibaki e o seu opositor Raila Odinga apoiam o presente acordo, mas duvidas persistem sobre como esta coligação ira funcionar na pratica.

Dirigindo-se aos deputados hoje em Nairobi, antes da abertura da sessão parlamentar o presidente Mwai Kibaki pediu o apoio dos legisladores para que caucionem o novo acordo de partilha de poder com a oposição.

Eu acredito, que ireis honráveis membros, concordar que este acordo é uma vitoria para todos os quenianos, lançando as bases para a paz e a estabilidade no nosso país. A implementação com sucesso deste acordo requer a boa-vontade, unidade e integridade desta casa e de todos os lideres do nosso país”.

O acordo propõe a criação do cargo de primeiro ministro, que se espera ser atribuído a Raila Odinga, líder da oposição, e com base num governo formado pelas duas partes.

O parlamento vai agora aprova-lo para que seja assim posto em pratica, bem como proceder a alterações a constituição de forma adapta-la as novas mudanças no sistema de governação.

Ambos lideres pediram o apoio dos legisladores, mas a questão principal continua a ser como o acordo será aplicado, particularmente no que toca aos poderes do primeiro ministro, que ainda tem que ser determinados.

Um outro tema de discórdia, é saber como é que os cargos ministeriais vão ser preenchidos. O presidente Kibaki já nomeou ministros para a metade dos cargos governamentais, incluindo os da defesa, negócios estrangeiros, justiça e finanças.

Raila Odinga parecia ter proposto alguns desses postos a membros do Movimento Democrático Laranja, e receia-se agora que os já nomeados possam vir a ceder os seus cargos aos membros da oposição.

Existem também duvidas sobre o que devera acontecer em caso da crise dentro da coligação. O presidente Mwai Kibaki e Raila Odinga assinaram um acordo semelhante antes das eleições de 2002 e que nunca foi aplicado, o que obrigou o líder da oposição a abandonar na altura o governo.

Enquanto isso organizações internacionais de protecção dos mídias, publicaram um relatório sobre a performance dos mídias quenianos durante o período da violência logo após as eleições de Dezembro.

O relatório dos Repórteres Sem Fronteiras, organização Apoio aos Medias Internacionais e Artigo 19, realçam o papel dos mídias quenianos nos apelos a calma e a reconciliação e na cobertura completa dos acontecimentos.

O documento evoca igualmente a auto-censura que se submeteu a imprensa queniana, por falta de habito na relação com os acontecimentos que marcaram o período pos-eleitoral.

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