O primeiro ministro australiano, Kevin Rudd afirmou que trapaceiros não terão possibilidade de fazer descarrilar a democracia em Timor Leste.
Rudd realizou uma visita a Dili na sequência das tentativas de assassinato contra o presidente e o primeiro ministro timorenses.
A visita de Kevin Rudd constituiu uma manifestação de apoio ao governo timorense após uma semana traumatizante na qual tanto o presidente José Ramos Horta e o primeiro ministro, Xanana Gusmão foram atacados por elementos rebeldes.
Rudd foi informado da situação de segurança e avistou-se com o comandante da Força Internacional de Estabilização das Nações Unidas.
O primeiro ministro australiano encontrou-se com elementos superiores da policia federal australiana e o seu homologo timorense, Xanana Gusmão.
Os reforços enviados para Dili por Canberra após os ataques elevaram o contingente australiano para cerca de mil e cem soldados e agentes da policia.
Rudd aproveitou a oportunidade para transmitir uma mensagem clara: que o seu governo fará tudo o que for possível para salvaguardar as instituições democráticas de Timor Leste.
O apoio da Austrália a jovem nação é absolutamente solido, tendo minimizado as preocupações sobre a sua segurança durante a visita.
'Não tenho quaisquer preocupações sobre a minha segurança. Tenho, todavia grande preocupação sobre a segurança futura e a estabilidade de Timor Leste; temos por isso um milhar de homens de mulheres em uniforme e um numero grande de outros australianos.'
Rudd fora convidado por Xanana Gusmão, que escapou ileso a um ataque dos rebeldes contra a sua viatura.
O presidente José Ramos Horta foi atingido por dois tiros numa outra emboscada, encontrando-se em estado grave num hospital australiano da cidade de Darwin.
A tentativa de assassinato foi chefiada pelo comandante rebelde, Alfredo Reinado, que foi morto num tiroteio com a guarda presidencial.
O antigo comandante da policia tinha liderado uma revolta contra o governo de Timor Leste, e tinha sido judicialmente acusado pelo papel desempenhado nos confrontos de 2006 entre tropas rebeldes e a policia.
O tenente Gastão Salsinha, novo líder dos rebeldes timorenses, confirmou em entrevista à BBC que a intenção do ataque que liderou era o de raptar Xanana Gusmão e não o de assassinar o primeiro-ministro.
Nas mesmas declarações prestadas à televisão britânica, Gastão Salsinha, referiu ainda que, no ataque à residência do Presidente José Ramos-Horta, foi a segurança presidencial que iniciou os disparos, abatendo o Major Alfredo Reinado.