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Mais tropas para Timor Leste


A Austrália enviou para Timor Leste mais um contingente de agentes da policia e de tropas após as tentativas de assassinato contra o presidente da republica e o primeiro ministro.

Os 120 militares e 70 polícias solicitados pelo Estado timorense à Austrália para reforço das Forças de Estabilização Internacionais já se encontram em Díli onde chegaram para reforçar a segurança no território.

Este reforço de tropas das Forças de Estabilização Internacionais foi solicitado pelo Estado timorense, que pediu especificamente que fossem enviados militares das Forças de Defesa Australianas, segundo referiu fonte do Governo de Díli.

Em Sydney, o ministro da Defesa australiano, declarou que o navio Perth ficará no porto de Díli como uma mensagem clara para quem possa querer destabilizar a situação no terreno.

Segundo adiantou o ministro australiano, a situação está calma em todo o território, mas a experiência histórica demonstra que os efeitos de casos como este em Timor-Leste se sentem um pouco mais tarde.

O ministro australiano dos Estrangeiros, Stephen Smith manifestou-se profundamente perturbado pela tentativa de assassinato e apelou as Nações Unidas para prorrogarem o seu mandato em Timor Leste.

‘Indiquei pessoalmente ao ministro dos estrangeiros timorense em nome do governo australiano o compromisso que anunciamos anteriormente, da contribuição adicional de tropas e de agentes da policia para assegurar a paz, a estabilidade e a segurança em Timor Leste.’

Entretanto, foi criada uma comissão de inquérito aos ataques contra o Presidente de Timor-Leste, Ramos Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, segundo anunciou o chefe-estado maior das Forças de Defesa do país, Taur Matan Ruak, acrescentando que as conclusões devem ser conhecidas no prazo de duas semanas.

A comissão irá tentar desvendar a forma como decorreram os dois ataques e, principalmente, aquele que atingiu o Presidente Ramos-Horta.

A Fretilin vai exigir no Parlamento uma investigação à actuação das forças internacionais em Timor-Leste e ainda exigir responsabilidades ao Governo, segundo afirmou o secretário-geral do partido, Mari Alkatiri.

Apesar da situação ser de momento calma em Timor-Leste, Mário Alkatiri não afasta a hipótese de um novo ataque e manifestou se igualmente surpreendido pelo facto de não ter havido de imediato uma operação de caça ao homem no intuito de procurar os responsáveis pelo ataque.

O chefe da missão da ONU em Timor-Leste afirmou entretanto estar impressionado com a eficiência das autoridades timorenses na reacção à crise desencadeada pelos atentados contra o presidente e o primeiro-ministro do país.

Atul Khare, o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou-se profundamente perturbado pelos acontecimentos de segunda-feira, mas também muito impressionado pela maneira calma como o país reagiu.

Quando se deram os atentados, Khare encontrava-se em Nova Iorque para participar nas discussões do Conselho de Segurança sobre a extensão do mandato da Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste, tendo antecipado o seu regresso a Díli.

Atul Khare afirma ter recebido garantias de que os acontecimentos de segunda-feira serão investigados, de modo a revelar os factos em torno dos ataques a Xanana Gusmão, que escapou ileso, e a José Ramos-Horta, gravemente ferido.

Na sequência da dupla tentativa de assassínio dos chefes de Estado e do Governo, o presidente interino, Vicente Guterres, decretou o estado de sítio em Timor-Leste por 48 horas.

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