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Quénia: Frazer Depõe Perante o Senado


A Secretária de Estado Assistente americana para os Assuntos Africanos, Jenday Frazer, disse que os EUA estão empenhados em encontrar uma solução para a crise política no Quénia, na sequência das controversas eleições presidenciais de Dezembro, que culminaram em actos de violência, resultando na morte de perto de mil pessoas. Frazer, que acaba de regressar de uma deslocação ao Quénia, prestou um depoimento perante o Senado, esta quinta-feira.

Jendayi Frazer expressou o apoio dos EUA aos esforços internacionais de mediação do conflito que estão a decorrer em Nairobi, liderados pelo antigo secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Frazer disse perante uma Sub- Comissão de Relações Externas do Senado que Washington continua empenhado na busca de uma solução:

“Temos estado a trabalhar muito directamente diplomaticamente com os próprios mediadores, bem como com as partes envolvidas e com a sociedade em geral.”

Na quarta-feira, os EUA impuseram uma proibição de entrada neste país a dez empresários e políticos quenianos por alegado envolvimento nos actos de violência.

Frazer não identificou aqueles indivíduos, mas adiantou que os EUA tomaram aquela decisão baseada em vários factores, incluindo informações recolhidas dos media: “Nós acompanhamos as emissões de rádio, lemos jornais. E há provas de que aqueles indivíduos continuavam a incitar à violência e aqueles foram os primeiros a quem negámos vistos de entrada.”

Os actos de violência no Quénia foram desencadeados depois da reeleição, em Dezembro, do presidente Mwai Kibaki. O líder do partido da oposição, Raila Odinga, alegou que os resultados foram fraudulentos, favorecendo Kibaki.

Frazer disse que encontrar uma solução para a crise será difícil, mas não é impossível: “Penso que sim, penso que há divisões profundas e que qualquer político pode mobilizar uma base étnica. Mas também acredito que a sociedade queniana tem capacidade para ultrapassar esta crise, se houver uma liderança responsável”.

Jendayi Frazer manifestou o seu apoio a uma investigação independente ao processo eleitoral, mas adiantou não ser possível fazer uma recontagem rigorosa, por recear que os votos tenham sido alterados ou destruídos, entretanto, não obstante os apelos do presidente da comissão eleitoral do Quénia.

Entretanto, a Câmara dos Representantes dos EUA por 405 votos favor e um contra exortando o presidente Bush a cortar toda a ajuda não-humanitária ao Quénia, a não ser que os partido desavindos sejam capazes de resolver pacificamente as suas divergências. A posição do congressista democrata, pelo Nova Jérsia, Donald Payne: “O povo do Quénia votou pela mudança. E o que lhe deram foi o que tinham, o status quo. Isto é inaceitável.”

Aquela proposta para congelar a ajuda ao Quénia ainda tem que ser debatida e votada no Senado dos EUA.

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