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José Pedro de Morais Eleito Melhor Ministro das Finanças


Em meio a repetidas observações sobre o alcance do crescimento económico que goza há cerca de três anos, o ministro das Finanças de Angola, José Pedro de Morais, recebeu esta semana uma boa notícia.

O grupo de observação internacional The Banker, dedicado à transparência e ao acompanhamento de programas de governos, descreve o desempenho de José Pedro de Morais em 2007 como excelente, nomeando-o melhor ministro das Finanças do continente africano.

O grupo The Banker considera na sua avaliação aspectos como luta contra a corrupção, combate à fuga ao fisco e aplicação de preceitos de economia de mercado.

Nomeado ministro a 9 de dezembro de 2002, José Pedro de Morais é visto por esta instituição como sendo a primeira figura no processo de revitalização em que a economia angolana entrou nos últimos 4 anos.

Para isto terá concorrido o seu apego à necessidade de se aplicarem reformas, e do seu país partilhar com instituições internacionais informação sobre petróleo. Edward George, analista da revista <The Economist> é citado pelo The Banker como tendo dito que José Pedro de Morais defende com firmeza um melhor relacionamento com instituições como a Transparência para Indústria Extractiva.

Morais ganha crédito igualmente na arrumação das estatísticas do seu país, e na redução drástica da inflação situada actualmente em 12.4 por cento.

Segundo o The Banker este sucesso teria garantido a José Pedro de Morais a confiança de José Eduardo dos Santos, e do próprio Fundo Monetário por onde ele passou.

A escolha de José Pedro de Morais pelo The Banker parece ter sido igualmente precipitada pela negociação bem sucedida com o Clube de Paris, relativa à normalização dos pagamentos.

O calendário então adoptado serviria tanto Angola, como os seus parceiros. Com isso Luanda conseguiu novos financiamentos juntos do Deutch Bank, bem como do Fortis e de Israel e do Brasil.

O crescimento económico de que Angola goza há quatro anos, explica em parte a recomendação feita há um ano por José Pedro de Morais no sentido do seu governo não mais prosseguir as consultas com o FMI relativo à execução de um programa monitorado.

Por detrás da decisão estaria o sucesso de Angola em aspectos como rigor orçamental, coordenação de política fiscal com política monetária, retomada da credibilidade internacional, resolução da questão da dívida interna, tida até então como um cancro, tal a natureza da pressão exercida sobre as autoridades.

A tradução destes ganhos em benefícios para a população tem levado algum tempo. Ainda assim autoridades de Luanda esperam apresentar proximamente novas estradas, novos institutos, escolas e hospitais bem como melhores salários.

Com José Pedro de Morais foram também indicados entre outros, Youssef Boutros Ghali, ministro das Finanças do Egipto, designado melhor ministro do médio oriente, e Agustin Cartens, ministro das Finanças do México, o melhor das Américas.

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