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As Circunstancias das Mortes São Duvidosas


A Human Rights Watch apelou a realização de um inquérito publico independente da força policial nigeriana que terá morto, desde o ano dois mil, mais de oito mil nigerianos.

A policia sustenta que os mortos eram ladrões armados e que as mortes constituíram uma faceta da repressão contra o crime.

A Human Rights Watch considera que as circunstancias das mortes são duvidosas e que a policia nigeriana de forma rotineira tortura os suspeitos e efectuou numerosos assassinatos extra judiciais.

Os habitantes da cidade de Lagos, desejam que os crimes com armas sejam controlados, mas tem receio da policia e dos métodos utilizados.

Os roubos a mão armada na capital comercial da Nigéria são uma constante. Entre os lojistas, os condutores das motos táxis, e os clientes do centro comercial de Falomo, apenas Jacob Onabe afirma ter escapado a tal situação, e frisa que apenas Deus pode ser o autor da sua boa sorte.

Embora Onabe não tenha sido vitima de um roubo a mão armada, não escapou a ser vitimado por um agente da policia corrupto.

Onabe que conduz uma moto taxi, conhecida por okada, afirmou que teve de pagar duzentos naira, cerca de um dólar e meio, para que o agente lhe devolvesse as chaves da viatura.

‘Ele exigiu-me 700 nairas ou ficaria sem a minha bicicleta, Tive de lhe pedir, implorar ... de nada serviu, tive de lhe dar 200 naira por um crime que não cometi. Não roubei, não insultei ninguém.’

A Human Rights Watch considera não ser apenas o elevado índice do crime o principal problema na Nigéria, também o é a corrupção policial.

A Human Rights pediu ao governo nigeriano para instaurar um inquérito independente ao numero das pessoas feridas a tiro pela policia.

O pedido de inquérito registou-se dias após o comandante da policia nigeriana ter anunciado que as suas forças tinham abatido 785 suspeitos ladroes armados no período de três meses após a sua tomada de posse.

A organização de direitos humanos desconfia que a totalidade dos mortos tenham sido realmente ladroes armados, e que as mortes constituem um mancha na promessa do recém eleito presidente YarAdua de assegurar o primado da lei.

O analista político, Charles Dokubo considera que as mortes terão sido orquestradas pelos agentes da policia.

‘Se tal ocorreu na Nigéria, não foi com a coordenação ou a aceitação do governo no poder. Terá sido executado por policias que decidiram fazer lei por suas mãos.’

O porta voz da policia Iwendi sustenta que a injustiça foi a perda de vidas de agentes que estavam no desempenho de funções.

‘Esperava que se queixasse dos cerca de 62 agentes da policia que perdemos na perseguição, na luta contra ladrões armados.’

A Human Rights Watch sustenta existirem situações documentadas em que a policia nigeriana efectuou assassinatos extra judiciais bem como torturaram suspeitos, tendo a ONU acusado o ano passado a policia de torturar suspeitos para obter confissões.

Um dos comerciantes de um outro centro comercial, que vende peixe, afirmou ter tanto medo da policia como tem dos ladroes armados.

Apesar do crescendo das receitas petrolíferas, a maioria dos nigerianos vive na pobreza. Os analistas consideram que com o aumento de salários e melhor treino, será possível diminuir a corrupção na policia, ao mesmo tempo em que o aumento das oportunidades de emprego para os jovens irá reduzir os níveis do crime.

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