O último relatório do Grupo Crise Internacional diz que o Zimbabwe está a beira do colapso completo, e que o esforço regional para encontrar solução política é a única chance de inverter a situação.
No relatório apela-se aos Estados Unidos e a outras nações ocidentais para apoiarem a iniciativa regional, liderada pela SADC. Acrescenta, todavia, que a SDAC deve estar pronta a abandonar a mediação caso o governo do Zimbabwe não negoceie com a oposição ou bloqueie reformas que permitam a realização de eleições livres e justas, no próximo ano.
Este grupo de análise, sediado em Bruxelas, reconhece a ”fragilidade” das conversações de mediação.
A SADC iniciou o seu esforço no princípio do ano, quando o Zimbabwe resvalava para uma crise generalizada, com graves faltas de alimentos, uma taxa de inflação entre sete mil a 13 mil porcento, milhares de pessoas a viverem abaixo da linha da pobreza, a fuga de milhares de zimbabweanos, e uma campanha contra a oposição, retratada no Movimento para a Mudança Democrática.
O presidente sul-africano, Thabo Mbeki, é o mediador-chefe, mas há quem o critique por ser demasiado brando para com o presidente Robert Mugabe. O grupo acrescenta que há o perigo de que os dirigentes africanos aceitem ”mudanças cosméticas” que apenas reforçará o ”status quo.”
A oposição, contudo, parece ter poucas hipóteses de ganhar as eleições devido a divisões internas.