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Imigração:Ministro de Espanha na Guiné Bissau


O ministro espanhol do Trabalho, Jesus Caldera, é esperado na Guiné Bissau para conversações com as autoridades guineenses e da Gâmbia. O propósito da visita é explicar as propostas da Espanha para combater a imigração clandestina proveniente da África Ocidental e os plano de Madrid para ajudar a combater a pobreza naquelas nações africanas.

Para muitos imigrantes africanos que procuram entrar clandestinamente em Espanha, a parte mais perigosa da jornada é a viagem de barco e que começa nas costa da Gâmbia e da Guiné Bissau.

A visita de Jesus Caldera destina-se a explicar o plano espanhol cujo objectivo é reduzir o número de imigrantes ilegais que entram no seu país. De acordo com Nicolas Busto, o representante da embaixada de Espanha em Banjul, a capital da Gâmbia, as propostas do seu país são no interesse da Espanha e dos povos da África Ocidental: “O ministro vai anunciar medidas de cooperação entre governos, a criação de escolas técnicas, anunciando garantias de emprego e contratos para alguns cidadãos da Gâmbia em Espanha, para que estes ali se possam ir legalmente.”

A visita do ministro Caldera não é a primeira iniciativa que a Espanha lançou em relação à Gâmbia. Os dois países assinaram um acordo, em Outubro último, para reduzir a imigração ilegal das suas costas e para combater a pobreza na Gâmbia, um dos países mais pobres do mundo.

Musa Camará é um comerciante gambiano que tem vivido em Espanha nos últimos 17 anos, mas que visita frequentemente a Gâmbia, onde tem ajudado a estabelecer uma organização que tem ajudado jovens gambianos a encontrar trabalho na sua terra.

Diz ele que foi o co-fundador, no ano passado, de uma organização sem fins lucrativos chamada Solidariedade Africana a Favor da Gâmbia, porque viu muita juventude da Gâmbia e de outros países africanos a abandonar os seus países para tentarem encontrar um paraíso em Espanha. Camará afirma que a maior parte desses jovens morreram no mar ou em prisões, em Espanha.

Camará diz que emprega jovens através do seu negócio de exportações, aumentando as oportunidades no seu país e tentado convencer os jovens a não tentarem uma fuga, muitas das vezes suicida, através do mar.

Num esforço para evitar a imigração ilegal, a União Europeia criou uma organização, a Frontex, financia meios de vigilância em vários países oeste-africanos. Mas, o adjunto do representante do Gabinete Internacional de Imigração na África Ocidental, Laurent Deboek, afirma que a Gâmbia não assinou qualquer acordo com a Frontex, deixando as suas águas territoriais desprotegidas.

As autoridades espanholas calculam que perto de dez mil imigrantes indocumentados chegaram às costas espanholas, no ano passado, sendo difícil avaliar o número de pessoas que morreram no mar.

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