A administração Bush cita um aumento da cooperação do público iraquiano na busca de armas escondidas, o que é apontado como um sinal de progresso na guerra no Iraque.
De acordo com comandantes americanos no terreno, o número de esconderijos de armas localizados pelas forças da coligação nos primeiros seis meses deste ano ultrapassou já o que foi descoberto durante todo o ano passado.
O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, afirma que isso não significa necessariamente que haja mais armas a ser infiltradas no Iraque. O aumento reflecte um espectacularmente de pistas fornecidas pelos cidadãos iraquianos acerca dos esconderijos onde se encontram as armas: “O que é significativo é que, com crescente regularidade, as pessoas que têm conhecimento destas coisas têm, de facto, vindo a denunciar as localizações e também, francamente, têm vindo a falar do paradeiro de elementos da Al Qaida e de outros”.
Durante um encontro com os jornalistas, Tony Snow disse que os iraquianos vêem agora que as tropas da coligação e as forças de segurança iraquianas têm providenciado uma protecção credível. Disse Snow que a cooperação dos cidadãos é uma das razões porque a frente de segurança fez mais progressos que a frente política no Iraque.
Pouco antes, o indigitado CEMGFA, o almirante Michael Mullen, durante uma sessão no Congresso para avaliar a sua candidatura, foi questionado sobre os progressos feitos no Iraque.
Mullen disse à Comissão das Forças Armadas do Senado que a decisão de ter enviado 30 mil tropas americanas adicionais para o Iraque tem tido o seu impacto: “Estou em crer que o reforço está a dar aos comandantes operacionais as forças de que necessitavam para executar tácticas mais eficazes e melhorar a segurança. Isso está a acontecer. A segurança está melhor. Não é excelente, mas está melhor”.
Mas, o almirante Mullen notou também que as facções políticas fizeram poucos progressos no sentido da reconciliação nacional e reconheceu que isso está a prejudicar a credibilidade dos EUA.
O comandante militar americano no Iraque, o general David Patraeus, tem que apresentar um relatório ao Congresso sobre as condições no Iraque até meados de Setembro. O presidente Bush exortou, entretanto, o Congresso a esperar até que esse relatório seja elaborado para fazer uma avaliação da estratégia da guerra.