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África:União Europeia Dá Luz Verde a Força de Paz


Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia deram luz verde para o arranque do planeamento tendo em vista o envio de uma força para proteger refugiados que se encontram na área fronteiriça entre o Sudão, o Chade e a República Centro Africana.

Na semana passada, o chefe das forças de manutenção da paz da ONU exortou a União Europeia a fazer mais para ajudar militarmente o triângulo de violência definido pela fronteiras entre o Sudão , o Chade e a República Centro-Africana.
Centenas de milhar de refugiados sudaneses e de chadianos desalojados ficaram encurralados na área e sofrem ataques frequentes por parte de milícias que se dedicam à pilhagem.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, reunidos em Bruxelas, responderam ao pedido ordenando aos militares para que preparem planos operacionais para o envio de tropas para ajudar a polícia da ONU a manter o controlo da situação.

O chefe da política externa da UA, Javier Solana, afirma que a ideia não é nova: “Trata-se, como sabem, de uma evolução de uma ideia que tem sido ventilada há algum tempo e nós vamos proceder ao planeamento estratégico para a possibilidade dessa operação”.

Se for aprovada, a expectativa é a do envio de entre mil e quinhentos e três mil soldados, a ser colocados no terreno este Outono, com um mandato de um ano. A força da União Europeia ajudará a proteger os trabalhadores das organizações humanitárias e o pessoal da ONU, bem como os refugiados.

Algumas informações referem que a França seria a maior contribuidora de tropas.

Uma resolução do Conselho de Segurança será necessária antes de se concretizar qualquer envio de tropas. Javier Solana afirma ter falado com o presidente Idriss Deby, do Chade, que apoia a ideia: “Ele deu luz verde para se continuar a trabalhar naquele sentido, por isso vamos ver como poderemos envolvemo-nos naquela missão.”

Paralelamente, Solana disse que a prioridade da EU é conseguir 26 mil forças de paz da ONU e da União Africana para colocar no terreno e implementar o precário cessar-fogo na problemática região sudanesa de Darfur:

“Gostaria de sublinhar que a coisa mais importante para nós, agora, é estarmos prontos para colocar no terreno a força híbrida da ONU no Sudão que, como sabem, já foi aceite pelo presidente Omar Bashir, de Cartum.”

Se for enviada, a força híbrida UN-EU irá substituir a debilitada força da União Africana, constuída por sete mil homens que tem tentado, se sucesso, travar o conflito de Darfur, que se arrasta há quatro anos e que já resultou na morte de, pelo menos, 200 mil pessoas, deixando milhões de desalojados.

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