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As Chuvas Chegaram Mais Cedo


A Federação Internacional da Cruz Vermelha e das Sociedades do Crescente Vermelho disse que o Sudão enfrenta a sua pior época de cheias em quase duas décadas. A Federação afirmou que o Sudão necessita urgentemente de assistência internacional para ajudar a abrigar dezenas de milhar de pessoas desalojadas e impedir o potencial aparecimento de doenças.

As chuvas chegaram este ano mais cedo, causando um grande aumento do nível das aguas do Nilo e outros rios. As cheias terão afectado cerca de meio milhão de pessoas em 10 dos 26 estados do Sudão. As autoridades sudanesas pensam que perto de 40 pessoas tenham morrido.

O futuro augura-se cinzento já que os meteorologistas prevêem que as chuvas se prolonguem até meados de Outubro, podendo vir a afectar mais de dois milhões e meio de pessoas através de 16 estados.

Niels Scott, Coordenador das Operações para África da Federação Internacional da Cruz Vermelha e das Sociedades do Crescente Vermelho, disse a VOA que muitos milhares de pessoas perderam já as suas casas e haveres em consequência das cheias.

“Dezenas de milhar de pessoas tem as suas casas danificadas e dezenas de milhar de outras tem-nas completamente destruídas. E quanto aos seus haveres, as colheitas estão perdidas e as reservas alimentares quase todas consumidas. Negócios de pessoas estão arruinados numa serie de lugares, especialmente em áreas urbanas. Por isso, o impacto é substancial”.

Scott afirmou que o acesso a algumas áreas é difícil e apenas por ser atingido por helicóptero. Acrescentou que áreas no norte e leste do pais deverão sofrer grandes danos nos próximos meses.

Scott disse que as cheias em Darfur centram-se principalmente em áreas urbanas, tal como El Fasher. Disse ser cinco vezes mais difícil lidar com emergências em locais com grande numero de deslocados.

“As cheias podem ocorrer rapidamente durante a noite. As infra-estruturas já são fracas. Ainda por cima com uma população num lugar como El Fasher, que duplicou nos últimos 10 anos. Pessoas a viverem em acomodações precárias. Pode-se imaginar quando se vive em tendas o impacto das chuvas e pode-se imaginar o impacto que isso causa numa família de cinco ou seis pessoas nessas condições. Muito difícil viver assim”.

A Cruz Vermelha pediu mais de 1500 milhões de dólares. Scott explica que isso é apenas um apelo preliminar, que será seguido por um pedido mais substancial depois de uma avaliação plena dos danos e das necessidades.

Scott disse que o dinheiro vai apoiar o Crescente Vermelho Sudanes no seu esforço para assistir 40 mil pessoas em oito estados. Acrescentou que as necessidades prioritárias incluem materiais de abrigo, tais como lonas de plástico, cobertores, cuidados de saúde e melhoria das condições sanitárias para se tentar a erupção de epidemias.

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