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A Campanha Eleitoral Terminou


Terminou o período de campanha eleitoral para as parlamentares em Timor Leste, não se tendo registado incidentes maiores de violência, mas a tensão no país permanece alta e a segurança apertada.

A campanha eleitoral terminou esta quarta feira para os 14 partidos que concorrem aos 65 assentos no parlamento timorense, com o sufrágio a realizar-se no próximo sábado.

A Fretilin, o partido que tem dominado a cena e a vida política deste pequeno país desde a independência em 2002, efectuou o seu ultimo comício na cidade capital de Dili.

No comício Mariana Perada afirmou acreditar que a Fretilin possa fazer diminuir a pobreza e a instabilidade do país.

Referiu Mariana ser a Fretilin o único partido que pode criar postos de trabalho para a população e fornecer educação para as crianças.

As preocupações de Mariana são partilhadas por muitos timorenses, onde praticamente metade da população está desempregada.

Os receios de muitos timorenses estendem-se ao domínio da segurança, num país assolado o ano passado por violencia na sequência de confrontos entre forças rivais que chegaram ao fogo posto, a pilhagem e confrontos com criminosos armados.

O derramamento de sangue apenas parou após o governo ter solicitado a intervenção de uma força internacional de pacificação, que ainda permanece em Timor Leste.

O dirigente da Fretilin, e antigo primeiro ministro Mari Alkatiri foi obrigado, o ano passado a demitir-se após ter expurgado cerca de um terço dos elementos do exercito, o que conduziu a violência.

Alkatiri sustenta que o problema não reside na Fretilin, mas não falta de autoridades do Estado, frisando que a policia e o exercito necessitam de ser reformulados.

‘Necessitamos de cooperação, necessitamos acima de tudo de justiça e autoridade do Estado. Este Estado não tem autoridade... Necessitamos de reformular a policia, necessitamos de reformular o Exercito’.

O sufrágio de sábado é visto como uma luta entre a Fretilin e o novo partido do Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor Leste, liderado pelo antigo presidente Xanana Gusmão.

Um apoiante da formação de Xanana, Gaspar Santos, pensa que a única forma de resolver os problemas de Timor Leste reside numa nova liderança.

‘Desejamos alterar o governo actual. Este o nosso objectivo principal, apoiamos o Congresso Nacional e apoiamos em absoluto Xanana’.

Nenhum dos 14 partidos deve obter a maioria, por isso o partido que obtiver a maioria dos assentos devera ter de formar uma coligação com outras formações políticas.

Cerca de 460 observadores de 12 países, entre os quais Portugal, vão fiscalizar as eleições legislativas do próximo sábado em Timor-Leste.

Os observadores serão divididos em 45 grupos e vão estar no terreno, em todo o país, a partir de sexta-feira.

A missão de observação eleitoral, além de fiscalizar as operações no dia da votação, vai também acompanhar a distribuição das urnas e dos boletins de voto, e a respectiva contagem a nível distrital.

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