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Iraque: Estratégia Será Reavaliada em Setembro


Os últimos reforços enviados para o Iraque pelo presidente Bush só deverão chegar ao Iraque em meados do mês que vem, mas, a imprensa começou já a interrogar-se sobre o que acontecerá depois do novo comandante militar americano no Iraque, general David Petraeus apresentar o seu primeiro relatório em Setembro. Ontem, durante uma conferência de imprensa, o secretário da defesa, Robert Gates recusou-se a especular acerca das decisões que poderão ser tomadas na altura e apelou à paciência: ”Não podemos alterar a situação da noite para o dia. E temos que ter paciência para deixarmos desenrolar os acontecimentos e verificar se a estratégia do general Petraeus irá dar resultados positivos.”

Mas, para alguns analistas tais como o coronel do exército na reserva Paul Hughes, do Instituto americano para a paz com sede em Washington, o prazo pode ser mais dilatado:”Acho que temos que pôr de lado o nosso desejo de termos boas notícias iniciais, visto que numa guerra as boas notícias iniciais são normalmente baseadas em falsas esperanças. Desde o momento em que as tropas chegam ao terreno decorrem entre 8 a 12 meses até que possam efectivamente analisar-se os resultados e verificar uma tendência que seja de fiar.”

Poderá, contudo, ser difícil para alguns membros da administração Bush e do Congresso esperarem tanto tempo. O próprio presidente falou do relatório de Setembro durante a sua conferência de imprensa de ontem: ” David Petraeus achou importante dizer à Casa Branca e ao Congresso que apresentaria uma avaliação em Setembro. Foi ele próprio que decidiu apresentar essa avaliação ,e, eu respeito-o e apoio-o.”

O presidente Bush disse igualmente que a avaliação daquele general é mais importante do que tudo quanto o Congresso possa dizer. Por seu turno, o secretário da Defesa Robert Gates declarou que o relatório de Petraeus será combinado com os pontos de vista de outros generais e de entidades civis para criar uma avaliação geral que o presidente Bush possa usar em Setembro para continuar com a nova estratégia ou introduzir alterações. Contudo segundo o analista Micheal O´ Hanlon da Brookings Institution o relatório terá que mostrar progressos de modo a justificar o nível actual de empenhamento militar americano no Iraque. Aquele analista afirma que se não se registar progresso significativo até Setembro, o Congresso encontrar-se-á numa posição mais forte para insistir em cortar o envolvimento americano do que aquela em que se encontrou esta semana quando foi obrigado a chegar a um compromisso com o presidente para o financiamento da guerra.
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