Acaba de ser publicado, o depoimento do primeiro ministro israelita, Ehud Olmert a um representante da comissão de inquérito sobre a guerra no Líbano.
As declarações fizeram aumentar os pedidos no sentido da sua demissão.
No depoimento Olmert responsabiliza o Exercito pelos fracassos na guerra do Líbano, sustentando que a instituição militar desapontou não tendo correspondido as expectativas.
O primeiro ministro afirmou que os comandantes militares que as forças armadas eram fortes e prontas a cumprir a missão, e que nunca pensara que não fosse de outra forma.
A semana passada, a comissão de inquérito criticou fortemente a forma como Olmert conduziu a guerra, descrevendo como tendo sido uma enorme falta avaliação, de responsabilidade e de precaução. A comissão acusou o primeiro ministro de entrar em guerra sem um plano de batalha ou uma estratégia para a saída.
No depoimento o primeiro ministro israelita sustenta não ter existido alternativa que não fosse atacar os guerrilheiros do Hezbollah no Líbano logo após o sequestro de dois militares israelitas no decorrer de uma incursão na fronteira. Olmert referiu saber que o Hezbollah iria ripostar com ataques de foguetões, mas que tinha apenas duas hipóteses – atacar com força ou não fazer nada!
Olmert tem enfrentado uma onda de pedidos para que se demita desde que a comissão divulgou, há dez dias, o relatório preliminar, e agora a publicação do seu depoimento implicou novos apelos para que deixe o cargo.
Gideon Saar presidente do partido Likud na oposição.
Saar afirmou que o testemunho de Olmert constitui mais uma tentativa de responsabilizar outros pelo fracasso da guerra, desta feita o exercito. Saar acrescenta que Olmert não aprendeu as lições da guerra, e por isso deve demitir-se.
No entanto o partido Kadima defende Olmert.
O deputado Ben Sasson do Kadima indicou que o testemunho de Olmert prova que o governo estava a funcionar adequadamente, e que após a captura pelo Hezbollah de dois soldados, Olmert deu instruções ao exercito para aplicar uma resposta adequada.
Ehud Olmert tem resistido aos apelos de demissão, mas perfilam-se vários obstáculos. O partido Trabalhista vai eleger um novo presidente no fim deste mês e alguns dos candidatos sustentam que se forem escolhidos, vão retirar o partido do governo.
Se vier a sobreviver ate lá, Olmert devera enfrentar mais pressões para se demitir quando a comissão de inquérito apresentar em Julho ou Agosto, o relatório final.