Links de Acesso

África: Prémio Monetário Visa Estimular Boa Governação


O ex. secretario geral das Nações Unidas, Kofi Annan vai presidir um comité de atribuição do prémio Mo Ibrahim, no valor de cinco milhões de dólares a lideranças africanas que se destaquem no exercício do mandato.

Serão candidatos ao prémio no valor de cinco milhões de dólares os ex. chefes de estado e de governo da região sub saariana do continente africano, que apesar de terem deixado o cargo nos últimos três anos, tem dado provas de liderança.

Para já o ex. secretario geral da ONU, Koffi Annan reconhece que a soma monetária envolvida é aliciante isto apesar “o dinheiro não ser tudo”.

“A ideia é encorajar os lideres africanos a trabalharem em prol da boa governação, a colocarem o interesse dos seus povos no topo das prioridades, a respeitarem a dignidade do indivíduo e na eliminação da pobreza...” salientou Annan.

O antigo secretario geral das Nações Unidas acha por outro lado que o prémio Mo Ibrahim pode igualmente inspirar as lideranças africanas a uma melhor governação em África, tal como os prémios Nobel encorajam os cientistas na busca da perfeição em áreas tais como a medicina, física, química e outras áreas.

“O debate que o prémio só por si vai suscitar em redor da questão da boa governação e da liderança será só por si um grande contributo”.

Mas quem é Mo Ibrahim ? Mo Ibrahim é um multi milionário sudanes, que fez a sua fortuna na área dos negócios com os telefones celulares.

Este multi milionário acredita ter feito muito mais dinheiro, do que o que realmente necessita para o resto da vida, pelo que acredite que melhor forma de aplicar o “excedente” passa pelo seu investimento no futuro de África.

Ibrahim diz-se por outro lado decepcionado com a situação do continente africano, que apesar dos 50 anos de independência, continua dependente da ajuda internacional.

Mas este multi milionário está consciente de que o prémio ora instituído por ele, não será o suficiente só por si, para se conseguir por cobro a corrupção em África e que nem constitui uma forma de reformar lideres desonestos e autocráticos no continente.

Como critérios de selecção dos potenciais candidatos, o júri a ser presidido pelo ex. secretario geral da ONU, o ghanes Koffi Annan terá por tarefa avaliar o desempenho dos candidatos em oito áreas especificas, nomeadamente económica, do desenvolvimento social, da paz e da segurança, dos direitos humanos da democracia e do primado da lei.

O prémio em questão será atribuído anualmente, mas na ausência de candidatos qualificados, o montante será canalizado para outras causas nomeadamente o incentivo a programas de lideranças jovens e bolsas de estudos para estudantes africanos.

XS
SM
MD
LG