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Petróleo Angolano Cada Vez Mais Valioso para o EUA


“Angola está prestes a transformar-se numa importante componente da segurança energética dos EUA”. Quem o diz é o prestigiado NYT, sublinhando que, nos últimos anos, Angola se transformou na fonte de fornecimento de petróleo aos EUA que mais rapidamente tem crescido.

Num artigo intitulado “Hoje em dia, Angola é o tema número um, quando se fala de petróleo”, o correspondente do NYT em Viena, o local da sede da OPEP, observa que a promessa petrolífera angolana deriva de uma série de grandes descobertas de jazigos, o que multiplicou por dez a produção do país, desde meados da década de 70, atingindo actualmente o milhão e meio de barris por dia.

Segundo as fontes do NYT, Angola deverá estar a produzir dois milhões de barris por dia no próximo ano e dois milhões e 600 mil até ao ano 2011, o que equivale à actual produção do Kuwait.

O NYT sublinha que Angola se transformou no mais recente palco das rivalidades globais protagonizadas entre as companhias ocidentais, da Rússia e da China.

Observa o NYT: “A China identificou Angola como uma fonte prometedora na sua corrida em busca de recursos energéticos, providenciando, como contrapartida, milhares de milhões de dólares em empréstimos e ajuda ao desenvolvimento em troca de um tratamento preferencial no que toca ao fornecimento de petróleo”.

Em contrapartida, o articulista nota que “Angola é um país a corrupto, subdesenvolvido e marcado pelas cicatrizes da guerra civil” em que o presidente José Eduardo dos santos tem mostrado pouco interesse em melhorar a transparência das contas do petróleo. E, a propósito, sublinha que, no mês passado, “o governo prendeu, Sarah Wykes, uma destacada activista britânica em prol da transparência financeira que visitava a região petrolífera de Cabinda”.

O NYT diz “não haver garantias de que os produtores africanos de petróleo venham a ser fornecedores mais estáveis do que os do Médio Oriente”, apontando, a propósito, os exemplos da Nigéria, onde a violência separatista no Delta do Níger reduziu a produção nacional em cerca de um quarto.

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