Os EUA têm sido persistentes críticos do tratamento que o governo do Zimbabwe tem dado aos dissidentes políticos, mas usa agora o que se considera ser a sua mais forte linguagem até à data para condenar a violência actuação da polícia, no domingo, contra manifestantes.
Informações provenientes de Harare referem que a polícia matou um activista, espancou severamente outros e prendeu mais de cem na sequência de uma operação das forças de segurança destinada a evitar que grupos da oposição de participar no que foi descrito como um encontro para a oração, em Harare.
Duas destacadas figuras da oposição, incluindo Morgan Tsvangirai, que no passado desafiou o presidente Roberto Mugabe nas últimas eleições presidenciais, sofreu ferimentos na cabeça e noutras partes do corpo, na sequência do ataque policial.
O Departamento de Estado, num comunicado por escrito, no domingo, qualificou de brutais e desnecessárias as acções do governo.
Na segunda-feira, durante a conferência de imprensa diária do Departamento de Estado, o porta-voz adjunto, Tom Casey, disse que a violência policial foi absolutamente desnecessária, mas representativa da forma brutal como o governo de Robert Mugabe trata os dissidentes políticos. Disse Casey: “Estamos chocados pelas notícias de ferimentos causados a vários líderes da oposição e apelamos ao governo do Zimbabwe para que providencie todo o tratamento médico necessário a todos estes indivíduos, libertando-os o mais rapidamente possível. O que se está a passar é lamentável e constitui apenas mais um exemplo do tratamento cada vez mais duro dado aqueles que desejam expressar os seus pontos de vista, particularmente àqueles que desejam expressar os seus pontos de vista políticos opostos à liderança do presidente Mugabe”.
O porta-voz do Departamento de Estado disse ainda que no Zimbabwe, nos últimos anos, se tem assistido ao aumento de ameaças, de repressão, de actos de violência contra quem quer que seja que tente intrometer-se no caminho do presidente Mugabe.
Mugabe, de 83 anos de idade, que governa o Zimbabwe desde 1980, sugeriu que poderá afastar-se do poder quando este seu mandato terminar.
Mas, o seu partido, actualmente no poder, tentou adiar para 2010 as eleições presidenciais marcadas para o próximo ano, para lhe dar mais dois anos na chefia do Estado.
A posição do Departamento de Estado responsabiliza o presidente Mugabe e o seu governo pelas acções da polícia no domingo e pela segurança e bem estar dos detidos.