O presidente Joseph Kabila, da República Democrática do Congo, ganhou as primeiras eleições presidenciais livres e abertas que tiveram lugar naquele país em mais de quarenta anos. Os resultados tornados públicos referem que Kabila obteve 58 por cento dos votos entrados nas urnas.
O anúncio foi feito através da televisão oficial, na noite de quarta-feira, pelo presidente da Comissão Eleitoral da República Democrática do Congo, Appolinaire Malumalu, declarou oficialmente Joseph Kabila como o vencedor das presidenciais.
Appolinaire rejeitou acusações de irregularidades anteriormente feitas por elementos da coligação política do rival vice-presidente , a União para a Nação. Segundo ele trataram-se de erros materiais.
Os resultados completos haviam sido publicados no início do dia numa página da Comissão Eleitoral na internet. Contudo, de acordo com as leis eleitorais do Congo, mas não foram tornados oficiais até ao anúncio público feito pelo presidente da Comissão.
De acordo com os números oficiais, Kabila obteve 58 por cento dos votos, comparado com os 42 por cento obtidos por Bemba.
Num discurso televisionado pouco depois do anúncio oficial dos resultados, Kabila disse estar ciente das dificuldades com que o Congo se confronta na sequência da guerra civil que começou em 1998, que acabou só em 2003 e que deixou perto de quatro milhões de pessoas mortas.
Kabila disse ainda que a unidade do Congo irá abrir caminho rumo à reconciliação nacional, libertando o país do tribalismo e da xenofobia.
O anúncio da primeira ronda de resultados feita em Agosto gerou três dias de pesados combates em Kinshasa, a capital, entre militantes leais a Bemba e a guarda presidencial de Kabila, resultando na morte de 23 pessoas.
Confrontos semelhantes irromperam no sábado, frente à residência de Jean-Pierre Bemba, matando quatro pessoas.
Joseph Kabila disse no seu discurso à nação que as autoridades congolesas foram instruídas para assegurar a paz em todo o território nacional.