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Tanques e Tropas Protegem a Capital do Chade


O Chade acusou formalmente o vizinho Sudão de estar a apoiar os rebeldes que estiveram por detrás de incursões feitas contra três localidades do Leste chadiano. Na capital, N´Djanema, tanques e tropas foram colocadas no terreno para defender a cidade.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros do Chade, Ahmat Allam-mi, afirma que um falhado ataque com um míssil terra-ar lançado, na segunda-feira, pelos rebeldes contra um avião de reconhecimento francês é prova de que Cartum está a fornecer armas aos rebeldes do Leste do Chade.

A coligação rebelde, União das Forças para a Democracia e Desenvolvimento negam ter recebido armas do Sudão. E adiantam que o míssil “Redeye” utilizado no ataque foi subtraído do arsenal do exército. Muitos dos rebeldes são oficiais de alta patente desertores do exército chadiano.

Os rebeldes afirmam que se estão a agrupar num local a cerca de 600 quilómetros a Leste da capital. Fontes locais afirmam que as tropas e os tanques foram posicionados em N´Djanema para proteger a cidade.

O jornalista local Evariste Ngaralbaye afirma que os tanques estão a guardar a zona Leste da cidade e que se podem ver tropas cruzando as ruas da capital. O jornalista afirma ainda que o ambiente faz lembrar o de Abril deste ano quando forças rebeldes atingiram os arredores da capital.

O Chade e o Sudão assinaram um acordo de paz há quatro meses atrás, tendo então os dois países restaurado relações diplomáticas. Ambos os governos de há muito que vêm trocando acusações de que os dois vizinhos apoiam rebeldes que visam derrubar os respectivos governos.

Os sudaneses reivindicaram que o Chade está a apoiar os rebeldes que actuam na região de Darfur. Por seu lado, o governo do Chade acusa as milícias Janjaweed, apoiadas pelo governo sudanês acusadas de cometer atrocidades em Darfur de terem atravessado a fronteira e atacando aldeias ajudando os rebeldes que se opõem ao presidente chadiano, Idriss Deby. O Sudão nega estas alegações.

Deby subiu ao poder há 16 anos. Grupos da oposição boicotaram as eleições de Abril último, pouco depois do assalto dos rebeldes contra a capital.
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