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As Relações Comerciais da China com África


O porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros da China, Liu Jianchao descreveu como ”inaceitáveis” os comentários feitos pelo presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, na semana passada. O porta-voz afirmou que as relações comerciais da China com África se baseiam na igualdade e vantagens mútuas.

”De facto, as relações beneficiam a melhoria dos padrões de vida dos povos africanos e beneficiam o desenvolvimento económico e social de África. Assim, frisou o porta-voz, a China não pode aceitar tais acusações”.

O presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, teria dito numa entrevista ao jornal francês ”Les Echos” da passada terça-feira, que os grandes bancos chineses estão a ignorar um código voluntário de conduta para a concessão de crédito, conhecido por ”Princípios do Equador”.

Estes princípios pedem às instituições privadas de empréstimos que garantam que os projectos que financiam obedeçam a padrões sociais e de meio ambiente.

O chefe do Banco Mundial teria, também, referido a sua preocupação sobre novos empréstimos da China, Índia e Venezuela a países pobres cujas dívidas foram canceladas. Ele disse que estes países se arriscam a ficar de novo extremamente endividados.

Os comentários de Wolfowitz foram feitos em vésperas da cimeira China - África, que terá lugar em Pequim, no princípio de Novembro. O governo chinês tem vindo a promover o comércio com África enquanto procura novas fontes de energia e de matérias primas, bem como de novos mercados para os produtos chineses.

As companhias chinesas que operam em África também têm sido criticadas por ignorarem padrões internacionais de práticas laborais, o que, por vezes, cria situações de conflito com os trabalhadores locais.

O porta-voz chinês defendeu a política de Pequim para África, afirmando que o seu país segue o princípio da não interferência nos assuntos internos de outras nações e de não impor valores a outros países.

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