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Rice em Digressão pela Ásia


A Secretária de Estado Americana, Condoleezza Rice, inicia, esta terça-feira, uma digressão ao Japão, China, Coreia do Sul e Rússia para sensibilizar aquelas potências regionais que apoiaram a resolução do Conselho de Segurança visando forçar a Coreia do Norte a pôr termo às suas ambições de fabricar armas nucleares. Rice afirma querer aumentar a pressão sobre o governo norte-coreano sem gerar um conflito naquela região.

Todos ao países que Rice vai visitar são países participantes nas conversações envolvendo seis países sobre o programa nuclear da Coreia do Norte. Diz a Secretária de Estado americana que o objectivo da diplomacia americana, incluindo a resolução aprovada no sábado pelo Conselho de Segurança, é fazer com que Pyongyang regresse à mesa das conversações e que ponha em prática o acordo de desarmamento que havia aceitado em princípio, há um ano atrás, mas do qual posteriormente se afastou.

Em declarações feitas a jornalistas, antes da sua partida para esta digressão de seis dias para esta digressão asiática, Condoleezza Rice disse que o objectivo é o de unir os países amigos e aliados dos EUA por de trás de uma estratégia comum para isolar a Coreia do Norte na sequência da sua experiência com uma bomba nuclear e evitar a proliferação.

A China, muito embora tenha tomado parte na decisão unânime do Conselho de Segurança da ONU aplicando sanções contra a Coreia do Norte, a sua posição não é clara sobre a forma com que pretende aplicar as sanções, incluindo uma proibição de todo o comércio que possa contribuir para o avanço do programa nuclear norte-coreano.

Questionada, Condoleezza Rice afirmou estar confiante de que a China irá cumprir as suas responsabilidades:“ Não estou preocupada se os chineses irão agora virar as costas às suas obrigações. Não penso que terão votado a favor de uma resolução que não tencionavam cumprir. E recordemos que ninguém tem interesse em favorecer o comércio de materiais perigosos ou de armas de destruição em massa. Isso é muito mais destabilizador para os países vizinhos do que para os interesses dos EUA.”

Rice disse ainda que espera, sem sombra de dúvidas, que a Iniciativa de Segurança da Proliferação, a ISP, organizada pelos EUA, será parte do esforço para a aplicação das sanções da ONU.

Rice adiantou que a aplicação da ISP à Coreia do Norte será ainda tema de discussão. A ISP, que inclui mais de 75 países participantes, incluindo o Japão, começou em 2003 com o objectivo de reduzir o tráfico de armas de destruição em massa, os sistemas de lançamento e materiais relacionados.

A Secretária de Estado americana defendeu a forma como a Administração Bush conduziu a questão nuclear Norte Coreana, incluindo a sua recusa em negociar directamente com o governo de Pyongyang à margem das conversações dos seis países.

O acordo de congelamento nuclear bilateral de 1994, celebrado com a Coreia do Norte e negociado pela administração Clinton, entrou em colapso em 2002 por entre acusações feitas pelos EUA de que os norte--coreanos estavam a violar o acordado.

Rice insistiu que o presente cenário, que levou a China, um velho aliado da Coreia do Norte, a apoiar sanções contra Pyongyang facto que, na sua opinião, oferece uma oportunidade real para persuadir os norte-coreanos a reverem a sua posição. Disse Rice: “Penso que as pessoas viram na atitude da China uma certa mudança, dada a história da China, dada a tradição da China nestas matérias, dado o relacionamento da China com a Coreia do Norte. Estamos, simplesmente, agora numa posição melhor para tentar fazer alguma coisa acerca do programa nuclear da Coreia do Norte que existe há décadas, com a perfeita combinação de Estados que tanto podem fornecer tanto os incentivos com impôr as penalidades, estando em melhor do que os EUA isolados”.

Rice disse que o Irão, que os EUA estão em crer que ter um programa secreto para fabricar armas nucleares, tem vindo a observar o caso da Coreia do Norte e pode observar agora como é que a comunidade internacional está a responder às ameaças de proliferação nuclear. A Secretária de Estado disse esperar que o Conselho de Segurança começasse a trabalhar na aplicação de sanções contra o Irão, já na próxima semana.

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