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Responsável da ONU acusa políticos marfinenses de falta de seriedade e de vontade política


O principal conselheiro das Nações Unidas, para o processo eleitoral na Costa do Marfim, criticou os lideres daquele país oeste africano, pela aparente resistência ao evoluir do processo de paz.

Caso as coisas não mudem de cenário, a Costa do Marfim vai permanecer um país dividido, sem um plano de paz, admitiu Gerard Stoudaman, o coordenador da ONU, para o processo eleitoral marfinense.

Stoudman criticou ainda a falta de vontade política entre os vários intervenientes do processo de paz naquele país africano e exortou para o efeito, a elite política local a assumir as suas responsabilidades na actual crise.

“Estamos numa situação onde os marfinenses são os condutores do processo... em detrimento das Nações Unidas”.Disse aquele responsável da ONU.

No fim de semana ultimo, o presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo lançou duras criticas a comunidade internacional e as Nações Unidas em particular, por pretenderem segundo ele, impor um plano de paz ao país.

Gbagbo referiu-se repetidas vezes os mediadores internacionais pela forma como tem criticado a Costa do Marfim.

O chefe de estado marfinense exortou inclusive os 11 mil capacetes azuis da ONU e da França que controlam a zona tampão que separa o norte controlado pelos rebeldes e sul pelas forças governamentais, a abandonarem o país.

Mas coordenador da ONU, para o processo eleitoral marfinense, responsabiliza os políticos nacionais pelo impasse no processo de pacificação do país.

“Eles não conseguem entender-se entre eles, e, por conseguinte não existem razoes para acusarem as Nações Unidas ou a comunidade internacional. A classe política marfinense e o responsável primário e único pela actual crise no país”.- palavras do Gerad Stoudman.

O actual impasse político entre o presidente marfinense, Laurent Gbagbo e o líder rebelde das Novas Forças, Guillaume Soro remonta a Agosto ultimo, quando o presidente denunciou o processo de identificação de milhões de potenciais eleitores como algo invalido e descabido. Gbagbo ameaçou na altura não abandonar o poder.

Mas em jeito de retaliação, o líder rebelde, Guillaume Soro anunciou o congelamento do processo de desarmamento dos seus soldados, ate que “a questão da identificação dos eleitores fosse definitivamente resolvida”.

Para um braço de ferro que leva o representante da ONU, naquele país africano a considerar de pouco sincero, os intervenientes do processo político naquele país africano.

Entretanto, apesar de não ter sido bem sucedido na sua missão original, ou seja, a organização das eleições na Costa do Marfim, Gerard Stoudman, acredita, entretanto que o papel das Nações Unidas naquele país africano não pode ser considerado de um fracasso.

Recorde-se que o presidente Laurent Gbagbo venceu as eleições presidenciais em 2000, mas uma breve guerra civil, despoletada por uma frustrada tentativa de golpe de estado em Setembro de 2002, acabou por colocar de um lado da trincheira, os rebeldes de Guillaume Soro do outro, as forças governamentais.

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