A missão de manutenção de paz da União Africana no Sudão revelou o reacender da violência na volátil região de Darfur.
De acordo com os capacetes azuis daquela organização continental, o Movimento para a Libertação do Sudão, levou a cabo nos últimos dias uma série de ataques contra a população civil da cidade Gereida.
Segundo números revelados pela União Africana, pelo menos 11 pessoas morreram nos combates, que tiveram inicio na semana passada naquela cidade, em cujas imediações se encontra um campo de refugiados que alberga mais de 130 mil refugiados de Darfur.
Sabe-se que os trabalhadores das agencias humanitárias, começaram já a abandonar aquela cidade sudanesa, na sequência da nova vaga de violência.
O porta voz da missão da União Africana, Nouredine Mezni disse a VOA que os comandantes militares dos capacetes azuis africanos reportaram a ocorrência de ataques que tiveram por alvo, elementos da população civil.
“Os militares da União Africana estacionados em Gereida, denunciaram que combatentes do Movimento de Libertação do Sudão expulsaram a maior parte dos homens daquela cidade e que os guerrilheiros levaram a cabo actos de pilhagem das propriedades para além de violaram as viuvas.”
De acordo com o jornal “The Guardian” os combates tiveram inicio, quando os rebeldes do Movimento para a Justiça e Igualdade atacaram os membros do Movimento de Libertação do Sudão, por sinal um dos grupos rebeldes signatário dos acordos de paz de Maio ultimo, celebrado com o governo do Sudão.
Os rebeldes do Movimento para a Justiça e Igualdade tem recusado a assinar o acordo de paz e o facto de alguns grupos rebeldes serem signatários do acordo de paz e outros não, tem contribuído para a rivalidade política e atiçado a violência entre os grupos rebeldes.
Recorde-se que a União Africana concordou em alargar a presença da sua missão de manutenção de paz na volátil região sudanesa de Darfur até dezembro próximo, isto na sequência do “Não” das autoridades de Cartum a presença dos capacetes azuis da ONU, no Sudão.
O Sudão, entretanto no inicio da semana que não vai permitir qualquer eventual extensão ilimitada do mandato das forças de paz africanas, na região de Darfur.
Esta posição de Cartum surge em reacção à sugestão do enviado especial da ONU, para o Sudão, Jam Pronk que propôs recentemente uma presença definitiva das tropas africanas em Darfur.
Faddala Ibrahim, porta voz do ministério dos negócios estrangeiros sudanes, garantiu a VOA, que o mandato da União Africana, termina em Dezembro próximo.
“Até Dezembro, não haverá problemas. Depois dessa data, teremos que reavaliar a situação”.- frisou aquele funcionário sudanes.
Enquanto isso, o presidente da Liga Árabe, Amr Mussa encontra-se na capital sudanesa, Cartum, para conversações com o presidente sudanes, Omar al Bashir.
Recorde-se que a Liga Árabe comprometera-se a apoiar financeiramente a missão dos capacetes azuis da União Africana em Darfur.