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ONU: A Hora e a vez da Ásia


O último dia deste ano marcará o termo do mandato do actual secretário geral das Nações Unidas, o ganês Koffi Annan, por sinal o primeiro líder daquela organização mundial escolhido do seu quadro de pessoal.

Na corrida para a sua sucessão, seis candidaturas se posicionaram para o efeito, sendo todas elas do continente asiático.

A mais recente foi a do ex-ministro das Finanças do Afeganistão, Ashraf Ghani, que se junta assim as candidaturas do príncipe jordaniano Zeid Raad Zeid Hussein, do indiano Shashi Tharror, do ministro dos Negócios Estrangeiros sul coreano, , do até há bem poucos dias vice primeiro-ministro da Tailândia, ,Surakiart Sathirathai, destituido do cargo por um golpe militar no seu país para além da candidatura do cingalês Jayntha Dhanapala.

Uma recente votação preliminar realizada pelos países membros do Conselho de Segurança da ONU, reafirmou a preferência pela candidatura do ministro dos Negócios Estrangeiros sul coreano, Ban Ki Moon.

Nesta segunda votação, recorde-se que a primeira realizada em Julho último, já colocava aquele diplomata sul coreano na dianteira da preferência, foram avaliadas as cinco candidaturas asiáticas ao cargo. De fora ficou o Afeganistão, não submetido ao sufrágio, por ser posterior a sua realização.

A luz das normas da organização,, cada membro do Conselho de Segurança da ONU, tem o direito a um voto de “encorajamento” ou de “desencorajamento” de uma determinada candidatura.

No fim da votação secreta, o resultado foi anunciado pelo embaixador da China na ONU, Wang Guangya. Com 14 votos a favor e apenas um contra, o ministro dos Negócios Estrangeiros sul coreano Ban Ki Moon lidera em termos de preferência dos membros do Conselho de Segurança da ONU, seguido de Shashi Tharror da India. Na terceira posição, surge Surakiart Sathirathai, da Tailândia, para, na quarta e quinta posição, se posicionarem, respectivamente, o príncipe Zeid Raad Zeid Hussein, da Jordania, e Jayntha Dhanapala, do Sri Lanka .

A grande desilusão recaiu, entretanto, sobre a candidatura do embaixador da Jordânia na ONU, o príncipe Zeid Raad al Hussein, encarado inicialmente como um dos potenciais candidatos à sucessão de Annan. Zeid reúne ainda uma outra particularidade. É o único candidato muçulmano na corrida para a liderança da ONU, isto apesar das reservas em redor da Jordânia dever ou não ser considerado parte da Ásia, no processo de selecção das candidaturas por regiões do planeta.

Em aberto, e por mais algum tempo, vai continuar a corrida ao cargo de secretario geral das Nações Unidas, esperando-se que, no horizonte, se venha a perfilar a primeira candidatura feminina ao cargo, na história daquela organização mundial .A ideia tem pés para andar ao ponto de ter sido recentemente sugerida pelo próprio Koffi Annan.

Até lá, o certo é que o próximo secretário geral das Nações Unidas vai, à partida, herdar uma casa ávida de reformas e por arrumar.

Com base na tradição da rotatividade geográfica, a liderança da ONU, pende agora para o lado da Ásia, continente que liderou a organização entre 1961 a 1971, com o birmanês, U Thant no cargo de secretario geral das Nações Unidas.

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