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O Navio Chegou à Costa do Marfim em Agosto


Activistas do grupo ecologista “Greenpeace” que estão a bloquear o navio no porto de Paldiski, na Estónia, exigem um inquérito internacional sobre como é que arribou a Costa do Marfim com um carregamento de resíduos tóxicos.

Yannick Vicaire, chefe da campanha contra produtos tóxicos do Greenpeace, explicou porque é que o grupo esta a bloquear o navio.

“Não pensamos que o navio esteja ainda a transportar lixos tóxicos, mas pensamos que, para que a investigação fique completa, o manifesto de carga, os diferentes portos que o navio escalou, uma declaração do comandante e mesmo comunicações possam ser úteis para as investigações em curso tanto na Holanda como na Costa do Marfim”.

O navio chegou à Costa do Marfim, em Agosto, após ter tentado sem sucesso descarregar os produtos químicos na Europa e na Nigéria. Conseguiu um acordo com uma companhia marfinense para lidar com o lixo tóxico. Contudo, em vez de incinerar o lixo tóxico como devia, a companhia marfinense enterrou-o em e ao redor de Abidjan, a principal cidade da Costa do Marfim. Dezenas de milhar de pessoas ficaram doentes em consequência de fumos tóxicos e varias delas morreram.

Na terça-feira, a Costa do Marfim pediu ao governo da Estónia para reter o navio no porto, enquanto prossegue a sua investigação sobre o escândalo. O Greenpeace emitiu uma queixa contra a companhia holandesa que fretou o navio. A companhia fretadora reclama que não fez nada de errado.

Yannick Vicaire, do Greenpeace, disse que governos europeus também partilham uma certa responsabilidade pelo facto do lixo tóxico ter sido transportado para a Costa do Marfim em vez de ter sido tratado na Europa.

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